sábado, 20 de abril de 2013

Biologia - Personalidades



Biologia – Personalidades e Contribuições


1.       Aristóteles (384-322 a.C.)
Filósofo Grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Realizou diversos trabalhos incluindo biologia e zoologia.
Na antiguidade clássica, foi um dos mais influentes e importantes naturalistas. Observou o comportamento e características de animais e plantas. Elaborou trabalhos sobre a categorização dos seres vivos. Primeiro trabalho que classificava animais com sangue e sem sangue. Constatou a presença de órgãos homólogos e análogos nos animais. Suas idéias foram influentes e perduraram durante vários séculos.


2.       Teofrasto (372-287 a.C.)
Sucessor e discípulo de Aristóteles na escola peripatélica. Aprimorou algumas idéias aristotélicas. Autor de inúmeras obras sobre botânica (Historia Plantarum) que foram os principais contributos até a idade média.

          3.       Plínio, o Velho (23-73)

Nascido na Roma antiga, elabora um compêndio (Naturalis Historae) que agrupava todos os conhecimentos registrados sobre a história natural até então. Um trabalho com 37 volumes sobre ciências antigas dedicado a Tito Flávio. Futuro imperador de Roma.

4.       Cláudio Galeno (131-200)
Médico e filósofo romano de origem grega. Realizou importantes trabalhos sobre a medicina e anatomia. Um talentoso médico investigativo. Suas idéias influenciaram o ocidente por mais de um milênio. Seu conhecimento sobre anatomia era obtido através do estudo de macacos visto que dissecar humanos era proibido. Realizou experiências com ligações nervosas e já afirmava que o cérebro comandava todos os músculos do corpo. “O melhor médico também é um filósofo”. Via-se como ambos. Suas aulas de medicina eram disputadas e eram realizadas em um teatro. Ensinava muito sobre vivissecção e necropsia. Mudou o rumo da medicina ao comprovar que as artérias circulavam sangue e não ar como era ensinado. Descobriu que havia ossos com cavidades e outros com medula. Descreveu a caixa craniana e o sistema muscular.

5.       Al-jahiz (776-869)
Estudioso árabe. Enriqueceu os trabalhos de Aristóteles com experimentações. Autor de “O Livro dos Animais”. Nesta obra tratou de assuntos variados. Da organização social de insetos (em particular a das formigas), a psicologia e comunicação animal. Parte de seus trabalhos se encontram preservados em uma biblioteca em Milão.

6.       Alberto Magno (1193 ou 1206-1280)
Foi um frade dominicano que dominou conhecimento em várias áreas se destacando por ser um pacificador entre ciência e religião. Foi elevado como santo e também conhecido como Alberto de Colônia. Escreveu “De Vegetabilis et Plantis” e “De Animalibus” (por volta de 1260).
Abordou a reprodução e sexualidade de plantas e animais. Diferenciação entre plantas monodicolidedôneas e dicotiledôneas, plantas vasculares e não-vasculares. Era aristotélico, mas contestava Aristóteles dizendo que os conhecimentos devem progredir e aprimorar o conhecimento já obtido conhecendo as suas causas. Estudou a natureza usando o método experimental. “A experimentação é o modo mais seguro de uma investigação”. Sobre botânica, seus trabalhos são tão importantes quanto de Teofrasto em sua época. Chamado de “Doutor da Igreja”, ele era defensor do estudo científico em harmonia com a religião.

7.       Roger Bacon (1214-1294)
Filósofo inglês, contemporâneo de Alberto Magno. Fez grande uso do empirismo e da matemática para estudar a natureza.  Também chamado de Rogério Bacon, foi um dos famosos frades de sua época. Foi um dos primeiros ocidentais a ensinar a filosofia de Aristóteles. Na história natural, contribuiu na propagação de “Leis da Natureza. Foi um cientista envolvido com a alquimia que era condenada pela igreja medieval. Exercia as atividades de alquimia em segredo e havia rumores de que ele inventara um espelho que revelava o futuro, um busto que falava e por evocar os elementos da natureza.

8.       Garcia da Orta (1500-1568)
Médico judeu português que viveu na Índia. Estudou a aplicação medicinal das plantas que abordava em sua obra “Colóquios dos Simples e Drogas das Cousas Medicinais da Índia”. Formou-se em filosofia natural e medicina por volta de 1523. Recebeu ótimos cargos durante sua vida. Seu livro falava sobre o uso medicinal de plantas originárias da Índia.

9.       Andreas Vesalius (1514-1564)
Médico Belga, considerado pai da anatomia moderna. Resolveu aprimorar os conhecimentos sobre anatomia e fisiologia que estavam sem atualização há muito tempo. O conhecimento obtido através do estudo dos corpos de animais e a falta de aulas práticas na universidade de Paris fez com que Vesalius visitasse cemitérios para estudar cadáveres de criminosos e vítimas de pragas para melhor compreensão da anatomia humana. Autor de “De Humanis Corporis Fabrica” também conhecido como “Fabrica”.


 
10.   William Harvey (1578-1657)
Médico britânico que pela primeira vez demonstrou corretamente o sistema circulatório do sangue. O sangue bombeado pelo coração carregava os nutrientes pelo corpo. Alguns acreditam que ele continuou alguns trabalhos muçulmanos como os de Ibn Nafis que lançou os primeiros estudos sobre veias e artérias ainda no século XIII. Mesmo assim os trabalhos de Harvey foram bem recebidos através de estratégica divulgação de simpatizantes chamados pelos opositores de “circulatores”. Empreendeu estudos também sobre geração através de trabalhos experimentais com os animais do parque do rei. Defendia que todo ser humano provinha de um ovo ancestral em comum.

11.   Antoni van Leeuwenhoek (1632-1723)
Cientista dos Países Baixos e criador dos microscópios Deflt. Contribuiu para a melhoria de microscópios e nos entendimentos da biologia celular. Chamava as células vegetais de “glóbulos”. Possuía a maior coleção de lentes do mundo. Cerca de 250 microscópios. Através de suas criações observou e descreveu pela primeira vez fibras musculares, bactérias, protozoários e fluxos sanguíneos nos capilares de peixes. Seu microscópio aumentava em 200 vezes. Refutou a abiogênese (surgimento de microorganismos do nada). Para isso observou duas amostras, uma aberta e outra fechada. Na amostra fechada não houve contaminação. A biogênese é certa e a abiogênese errada. Com seus trabalhos usando microscópio o mundo se abre para os naturalistas para o mundo microscópico.

12.   Jan Swammerdam (1637-1680)
Também cientista dos Países Baixos. Foi o primeiro a observar eritrócitos (Glóbulos vermelhos ou hemácias). Pioneiro no uso do microscópio e famoso pela sua coleção de história natural. Era simpatizante de Descartes no modo como a natureza devia ser observada. Estudou anatomia e respeitou uso não-ético do microscópio para estudar o corpo humano. Descobridor dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) anos antes de Leeuwenhoek observar microorganismos pela primeira vez no microscópio. Descreveu o cérebo, o pulmão e a medula espinhal humanos.

13.   Carolus Linnaeus (1707-1778)
O expoente máximo no início da sistemática biológica foi Lineu (Carolus Linnaeus). Ele foi botânico, zoólogo e médico sueco. Criador da nomenclatura binomial e da classificação científica. Considerado o pai da “taxonomia moderna”. Um dos fundadores da Academia Real de Ciências da Suécia. Participou do desenvolvimento da escala Celsius. Ele propôs uma inversão da escala de Anders Celsius com o 00 como ponto de ebulição e 1000 como ponto de fusão. O botânico mais conhecido de sua época com dotes literários. O filósofo Jean-Jacques Rosseau enviou-lhe uma carta dizendo: “-diga-lhe que não conheço maior homem no mundo”. Recebeu outros elogios como de Goethe que afirma que Lineu o influenciou muito. Em 1735 publicou o seu sistema taxonômico baseado nas semelhanças morfológicas.

14.   Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829)
Naturalista francês que desenvolveu a Teoria dos Caracteres Adquiridos (desacreditada atualmente). Personificou as idéias pré-dawinistas da evolução. Ele introduziu o termo “biologia”. Ingressou em História natural e escreveu uma obra de vários volumes sobre a flora da França. Um conde, admirado com seus trabalhos, o indicou para o Museu de História Natural de Paris. Foi “curador dos invertebrados” (mais um termo criado por ele). Antes de 1800 ele acreditava que os seres vivos eram imutáveis. Mudou de idéia enquanto estudava os moluscos da Bacia de Paris e ficou convencido da transmutação entre as espécies. Em 1809 apresenta seu novo trabalho, uma teoria da evolução chamada de “Philosophie Zoologique”.
A Teoria dos Caracteres Adquiridos não teve boa aceitação na França, mas foi bem recebida na Inglaterra.

15.   Georges Cuvier (1769-1832)
Foi um naturalista francês que formulou as Leis da Anatomia Comparada após comprovar o fenômeno da extinção que possibilitou as reconstruções paleontológicas. Era também um naturalista pré-darwinista. Os seres extintos, somente encontrados em fósseis faziam parte da mesma biologia e se classificavam normalmente como os seres-vivos, não importando o tempo passado contribuindo para aprimorar o modelo evolutivo. Ao comparar as ossadas de mamutes e masterodontes descobriu que eram diferentes de elefantes viventes e isso reforçava as Leis da Anatomia Comparada.

16.   Robert Brown (1773-1858)
Botânico e físico australiano. Foi um dos pioneiros em trabalhos sobre o núcleo de células vegetais. Em 1800 embarcou como naturalista em um barco para investigar os recursos naturais, incluindo a flora dos litorais australianos. Tal expedição se tornou histórica pelos seus resultados e tinha o objetivo de investigar a hidrografia da costa australiana. Recolheu cerca de 3400 espécies, sendo que 2000 eram ainda desconhecidas. Parte das coletas se perdeu devido ao naufrágio do navio que as levava para Londres. Levou mais de três anos de viagem exploratória e quatro anos para classificar as espécies vegetais. Publicou a obra “Prodromus Florae Novae Hollandiae”. Primeira publicação sistemática da flora australiana. Observou que partículas de pólen se moviam sob o microscópio e concluiu se tratar apenas de um movimento não biológico causado pela interação da energia contida nas moléculas. Essa pequena agitação de partículas foi denominada como “Movimento Browniano” em nome ao seu descobridor e atualmente tenta-se associar este movimento à “Teoria do Caos”.

17.   Matthias Jakob Schleiden (1804-1881)
Foi um botânico e mal-sucedido cantor alemão que chegou a viver na rua devido ao fracasso profissional. Juntamente com Schwann, propôz a Teoria Celular que estabelecia que a célula fosse a unidade básica de construção dos seres-vivos. As células são produzidas por células pré-existentes. Fundador também da neo-celulose. Dedicou-se mais aos estudos microscópicos das estruturas vegetais. Escreveu “Contributions to Phytogenesis” no qual defendia que todas as partes de uma planta eram compostas por células. Comprovou a idéia da célula que até então era aceita, mas não comprovada. Aceitou a existência de um núcleo celular e foi um dos primeiros biólogos alemães a considerar a evolução de Darwin.

18.   Charles Darwin (1809-1882)
A seleção natural é o mecanismo primordial da evolução.
Naturalista britânico, conhecido mundialmente pelas obras publicadas sobre a Teoria da Evolução e A Origem das Espécies. Para elucidar melhor a origem e transformações das espécies, Darwin realizou uma circunavegação a bordo de um navio chamado “H.M.S. Beagle” no intervalo de 1831 a 1836 e fez pesquisas sobre geologia e história natural. O local mais importante visitado por Darwin foi a Ilha de Galápagos onde havia animais típicos somente daquele local. Realizou a reconstrução paleontológica através da anatomia comparada, observou o ambiente orgânico e inorgânico e passou 22 anos elaborando seu trabalho até lançar sua obra “A Origem das Espécies” em 1859 que constitui hoje o paradigma central da evolução dos seres vivos. Seu trabalho envolveu a participação dos estudos do jovem naturalista Alfred Russel Wallace. A teoria da evolução de Darwin explica diversos fenômenos da biologia.

19.   Theodor Schwann (1810-1882)
Astrônomo e matemático polonês. Juntamente com Schleiden, seu amigo íntimo, criaram a Teoria Celular e Neocelular. Descobriu e preparou a primeira enzima em tecido animal. A pepsina, uma das enzimas digestivas. Estudou fermentação do açúcar e do amido sob a visão de processos biológicos. Estudou também as propriedades e funcionamento dos músculos e as células nervosas. O estudo das células nervosas levou a descoberta da células de Schwann. Criador do termo “metabolismo” para designar os processos químicos de um organismo. Contribuiu para a embriologia (ciência que praticamente fundou). Estudou o desenvolvimento da primeira célula fecundada (o ovo) até a formação de um organismo completo.

20.   Joseph Hooker (1817-1911)
Botânico, explorador e naturalista inglês. Aconselhou Darwin a analisar os trabalhos de Alfred Russel Wallace.  Foi presidente da Royal Society e diretor dos jardins botânicos reais de Kew. Foi o mais importante botânico britânico do século XIX. Discutia com seu amigo Charles Darwin sobre especiação e evolução. Realizou uma viagem investigativa pelos mares do sul durante 3 anos estudando a vida na Antártica, Nova Zelândia e Tasmânia que resultaram na criação de 3 volumes cada um com o nome do local estudado. Estudou rochas nas quais encontrou fósseis de plantas e percebeu, assim como Darwin, a importância dos trabalhos sobre evolução. Foi um entusiasta de paleobotânica. Numa segunda viagem visitou o norte da Índia à procura de novas plantas financiado pelo governo britânico. Teve um contratempo com a política do local (rajá dos Sikkin), mas obteve êxito na exploração onde conheceu melhor sobre a botânica e geografia do local. Lançou um livro específico sobre a flora da Índia e, além disso, visitou também diversas outras regiões da Ásia e também a América do Norte. Em todas as suas viagens recolheu importantes amostras para estudo. Classificou várias novas plantas e foi largamente reconhecido pelos seus trabalhos sendo eleito membro da Royal Society com apenas 30 anos.

21.   Gregor Mendel (1822-1884)
Monge, botânico e meteorologista austríaco. Desde pequeno já estudava plantas em sua casa e foi encorajado pela família para seguir estudos superiores. Foi mandado para uma escola de monges (estudo gratuito), se tornou monge e ficou incumbido pelos jardins do mosteiro que se tornaram uma importante escola para Mendel. Devido aos estudos, se destacou e se tornou professor de ciências naturas na Escola Superior de Brno onde investiu nos estudo de cruzamentos de plantas (Feijão, chicória, frutas e ervilhas) cultivados na horta do mosteiro de Brno e animais (camundongos e abelhas). Realizou um trabalho matemático e extenso de sete anos com ervilhas. Frisava que a cor de algumas plantas dependia da hereditariedade. Os pares de unidades elementares de que falava veio, mais tarde a serem conhecidos como “genes”. Mendel é conhecido como “Pai da Genética”. Estudou sobre a Teoria da Evolução, apresentou obras sobre cruzamento de plantas e definiu as Leis da Hereditariedade, conhecidas como “Leis de Mendel”.

22.   Louis Pasteur (1822-1895)
Foi um importante cientista francês que realizou trabalhos na área da medicina e da química. Suas experiências deram cabo à crença de que a vida poderia surgir a partir de material não-vivo. Lembrado pelas descobertas das causas de algumas doenças e de modos de prevenção e cura. Erradicou a febre puerperal e criou a primeira vacina para raiva. Seus experimentos deram fundamento para a “Teoria Microbiológica das Doenças”. Inventou um método para esterilizar leite e vinho para não transmitirem doenças. Processo chamado de Pausteurização, termo que o homenageia. Foi um dos três fundadores da microbiologia juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Coch.  Está sepultado no Instituto Pasteur e seu mausoléu esta adornado com decorações no estilo bizantino com temas sobre suas descobertas. Descobriu a pasteurização (processo de aquecer e resfriar bruscamente um alimento para matar microorganismos causadores de doenças) após receber um pedido de vinicultores para descobrir a causa que levava o vinho e a cerveja azedarem. Pasteur analisou amostras num microscópio, identificou a bactéria e criou a esterilização térmica para matar os microorganismos que causavam o azedume. O processo também incluía manter a bebida vedada para evitar outra contaminação. Essa descoberta de Pasteur serviu também para tratar outras bebidas, como o leite e outros alimentos. Em 1888 fundou o Instituto Pasteur, um dos mais importantes centros de pesquisa da atualidade.

23.   Alfred Russel Wallace (1823-1913)
Naturalista, antropólogo e biólogo britânico. Um dos pioneiros na Teoria da Evolução. Em 1858 visitou e estudou a fauna e flora das ilhas Molucas na Indonésia. Enviou seu trabalho para Darwin analisar e contribuiu com a Teoria da evolução. Darwin notou que o trabalho de Walace era idêntico ao seu e mesmo assim apresentou seu trabalho no Linnean Society of London simultaneamente com Wallace porque considerou isso pertinente e justo visto que não havia plágio uma vez que Darwin mantinha a produção de sua obra em sigilo.  O Linnean Society of London é o principal centro de História Natural da Grã-Bretanha. Wallace foi o primeiro a propor a geografia dos animais, foi um dos precursores da ecologia e da biogeografia. Considerado “pai da biogeografia”.

24.   Algust Weismann (1834-1914)
Biólogo alemão. Contemporâneo e conterrâneo de Walther Flemming. Descobriu que as células sexuais de gametas não duplicavam os cromossomos e sim dividiam. Processo chamado de meiose. Além dos gametas, os esporos também possuim meiose. Criador da “Barreira de Weismann” que define que, não completamente, as células somáticas não transmitem informações para a célula germinativa. Essa barreira é muito usada para defender a Seleção Natural de Darwin.



25.   Robert koch (1843-1910)
Médico patologista e bacteriologista alemão. Um dos fundadores da bacteriologia e contribuiu para a compreensão das epidemias e transmissões de doenças. Descobriu e descreveu sobre os agentes de carbúnculo e seu ciclo, a etiologia da infecção traumática. Estudou as bactérias, sua fixação e coloração, as identificou e classificou. Descobriu o bacilo da tuberculose em 1882 (bacilo de Koch). Seus trabalhos sobre este bacilo estão nos “Postulados de Koch”.
Em 1883, segundo alguns estudiosos, descobriu o vibrião colérico. Aprendeu a ler sozinho e isso foi prova de sua perspicácia e inteligência. Carbúnculo é uma doença infecciosa comum entre animais herbívoros, selvagens ou domésticos e pode infectar humanos. Mais comum em países com baixo desenvolvimento na área da saúde.

26.   Walther Flemming (1843-1905)
Foi um biólogo alemão fundador da citogenética. Demonstrou que os estágios diferenciados da mitose não eram a coloração das lâminas usadas. Estabeleceu que a mitose ocorria em células vivas e que os cromossomos se duplicavam dentro da célula antes da célula se dividir em duas. Mitose: Processo de divisão de cromossomos de uma célula eucariótica com a célula filha. Processo que leva de 90 a 120 minutos e possui 4 etapas: Profase, metafase, anafase e telofase.



27.   Thomas Hunt Morgan (1866-1945)
Geólogo e geneticista estadunidense. Explorou o “linkage” genético, a recombinação dos genes em cromossomos durante a divisão celular através do modelo “Drosophila Melanogaster” (Mosca da Fruta). Trabalhou em história natual, zoologia e macromutação da drosophila. Por isso a drosophila se tornou o principal modelo animal em pesquisas genéticas. Sua principal área de atuação foi a genética e ganhou o prêmio Nobel de  medicina em 1933 ao demonstrar que os cromossomos são portadores de genes. Lançou mão dos trabalhos de Gregor Mendel que eram desconhecidos em 1900 para estudar a hereditariedade da drosophila. Em 1910 notou que uma mosca macho tinha os olhos brancos sendo que normalmente são vermelhos. Cruzou este macho e seus descendentes tiveram olhos vermelhos. Concluiu que a hereditariedade era recessiva. Ao longo dos experimentos descobriu que apenas machos adquiriam essa mutação. Escreveu, juntamente com estudantes, o livro “The Mechanism of Mendelian Hereditary”. Os trabalhos de Morgam ajudaram a tornar a biologia uma ciência descritiva e experimental.

28.   Oswald Avery (1877-1955)
Médico e investigador bioquímico estadunidense. Atribui-se a ele a descoberta do ADN (Ácido Desoxirribonucléico). Seus trabalhos foram voltados para o estudo da bactéria que provoca a pneumonia (estafilococo) e descobriu que havia duas variedades dessa bactéria. Uma com uma cápsula lisa e outra inofensiva sem cápsula com aparência rugosa. Ao combinar a bactéria lisa morta com uma rugosa e injetar num rato, descobriu que a bactéria se transformava na classe da bactéria lisa. Em sucessivos experimentos descartou-se que a mudança era provocada por uma proteína e descobriu-se a existência do ADN, responsável pela transmissão do material genético. Assim, é o ADN e não as proteínas que compõe o material genético dos cromossomos
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29.   Francis Crick (1916-2004)
Físico e químico britânico, mais conhecido pelo “modelo genético de dupla hélice”. Juntamente com James Watson demonstrou a estrutura da molécula de ADN. Correu contra o tempo para publicar sua descoberta antes de outro cientista prestigiado (Linus Pauling) que estudava a possibilidade do ADN ter cadeia tripla tendendo a aceitar a cadeia dupla que se encaixava melhor em estruturas já conhecidas e estudadas. Crick publicou seu trabalho na revista Nature e aos poucos foi ganhando atenção da comunidade científica até que em 1962, Crick ganhou o prêmio Nobel de medicina/fisiologia juntamente com seus colegas de trabalho. Crick tinha uma personalidade extrovertida e conta-se que suas risadas podiam ser ouvidas pelos corredores do laboratório. Dedicou parte de sua vida ao estudo da neurociência.

30.   James Watson (1928)
Biólogo estadunidense. Trabalhou ao lado de Francis Crick e Maurice Wilkins. Juntos descobriram a estrutura de hélice dupla dos cromossomos. Aprimorou o conhecimento da composição do ADN. Ficou conhecido como um cientista imprudente nas palavras. Nos seus artigos defendia a eugenia, a manipulação genética e a clonagem humana.  Afirmava que a África era de um país inferior geneticamente. O africano não havia evoluído intelectualmente (devido à genética comprometida pela pobreza) e por isso eram subordinados e empregados apesar de haverem negros com boas posições. Isso era respeitado por ele, mas era fato para ele também. Devido aos seus comentários, considerados acientíficos, teve algumas palestras importantes canceladas e retratado em alguns artigos científicos como um cientista renomado pelas suas contribuições, porém racista.

31.   Marshall Warren Nirenberg (1927-2010)
Químico e geneticista americano. Quebrou o código genético e demonstrou como ele opera na produção de proteínas. Os principais componentes da célula estudados por Nirenberg foram o DNA, o RNA e as proteínas. Foi um dos autores por decifrar a primeira seqüência de nucleotídeos de DNA que sintetizam a fenilalamina. Por este trabalho ganhou o prêmio Nobel de fisiologia/medicina de 1968. A natureza do código genético foi experimentalmente revelada no final da década de 50. Somado à descoberta da primeira enzima de restrição de 1968 e da técnica de PCR de 1983 foram estabelecidos os pilares da ciência chamada atualmente de Biologia Molecular.

32.   Har Gobind Khorana (1922)
Biologista molecular indiano. Premiado pelo Nobel de fisiologia/medicina de 1968 juntamento com Marchall Niremberg e Robert Holley pela interpretação do código genético e sua importância na síntese protéica. Atualmente trabalha na Universidade de Química de MIT.

33.   Leonard Hayflick (1928)
É um médico estadunidense. Professor de anatomia da universidade da Califórnia em São Francisco e já foi microbiologista da universidade de Stanford. Fez descobertas importantes sobre a senessência celular por estudar o envelhecimento das células por mais de 30 anos. Também estudou sobre o encurtamento dos telômeros. Segundo Leonard Hayflick existe uma fileira de talômeros que compõem as células. Elas vão encurtando ao longo da vida e isso delimita o tempo de renovação das células e, conseqüentemente, a célula morre. Essa barreira genética na reprodução foi chamada de “Limite de Hayflick”.

34.   Carl Woese (1928)
Microbiólogo norte-americano famoso por descobrir um novo domínio no reino dos seres vivos chamado de Archaea em 1977 pela técnica “filogenética do RNA ribossomal 16S”. Woese foi um dos pioneiros no uso desta técnica. Durante 3 anos o novo domínio sofreu resistência de aceitação científica e foi em 1980 que o domínio Archaea foi considerado. Esse domínio abrange bactérias procariontes com características distintas.



35.   Edward Osborne Wilson (1929)
Entomologista e biólogo americano. Especialista em formigas onde usava feromônios para comunicação. Seus trabalhos envolviam ecologia, evolução e sociobiologia. Foi responsável por trazer o debate da sociobiologia na ciência. Lançou o livro “Sociobiology: TheNew Synthesis (1975)”. É creditada a ele a popularização do termo e definição da “biodiversidade”. Ganhador do prêmio Crafoord de 1990, uma medalha nacional de ciências de 1976 e dois Pulitzers. Em 1995 a revista Time o colocou como uma das 25 pessoas mais influentes da América.  Sugeriu a criação de um banco de dados virtual com as informações e imagens de toda a flora e fauna do mundo para facilitar a compreensão e comparação das espécies já conhecidas e facilitar a descoberta de novos seres-vivos.

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