Biologia –
Personalidades e Contribuições
1.
Aristóteles (384-322 a.C.)
Filósofo Grego,
aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Realizou diversos trabalhos
incluindo biologia e zoologia.
Na antiguidade
clássica, foi um dos mais influentes e importantes naturalistas. Observou o
comportamento e características de animais e plantas. Elaborou trabalhos sobre
a categorização dos seres vivos. Primeiro trabalho que classificava animais com
sangue e sem sangue. Constatou a presença de órgãos homólogos e
análogos nos animais. Suas idéias foram influentes e perduraram durante vários
séculos.
2.
Teofrasto
(372-287 a.C.)
Sucessor e discípulo
de Aristóteles na escola peripatélica. Aprimorou algumas idéias aristotélicas.
Autor de inúmeras obras sobre botânica (Historia
Plantarum) que foram os principais contributos até a idade
média.
Nascido na Roma
antiga, elabora
um compêndio (Naturalis
Historae) que agrupava todos os conhecimentos registrados sobre a história
natural até então. Um trabalho com 37 volumes sobre ciências antigas dedicado a
Tito Flávio. Futuro imperador de Roma.
4.
Cláudio Galeno (131-200)
Médico e filósofo
romano de origem grega. Realizou importantes trabalhos sobre a medicina e
anatomia. Um talentoso médico investigativo. Suas idéias
influenciaram o ocidente por mais de um milênio. Seu conhecimento sobre
anatomia era obtido através do estudo de macacos visto que dissecar humanos era
proibido. Realizou experiências com ligações nervosas e já afirmava que o
cérebro comandava todos os músculos do corpo. “O melhor médico também é um filósofo”.
Via-se como ambos. Suas aulas de medicina eram disputadas e eram realizadas em
um teatro. Ensinava muito sobre vivissecção e necropsia. Mudou o rumo da
medicina ao comprovar que as artérias circulavam
sangue e não ar como era ensinado. Descobriu que havia ossos com
cavidades e outros com medula. Descreveu a caixa craniana e o sistema muscular.
5.
Al-jahiz (776-869)
Estudioso árabe. Enriqueceu os trabalhos de Aristóteles com
experimentações. Autor de “O Livro
dos Animais”. Nesta obra tratou de assuntos variados. Da organização social
de insetos (em particular a das formigas), a psicologia e comunicação animal.
Parte de seus trabalhos se encontram preservados em uma biblioteca em Milão.
6.
Alberto Magno (1193 ou 1206-1280)
Foi um frade
dominicano que dominou conhecimento em várias áreas se destacando por ser um
pacificador entre ciência e religião. Foi elevado como santo e também conhecido
como Alberto de Colônia. Escreveu “De
Vegetabilis et Plantis” e “De Animalibus” (por volta de 1260).
Abordou a
reprodução e sexualidade de plantas e animais. Diferenciação entre plantas
monodicolidedôneas e dicotiledôneas, plantas vasculares e não-vasculares. Era
aristotélico, mas contestava Aristóteles dizendo que os conhecimentos devem progredir
e aprimorar o conhecimento já obtido conhecendo as suas causas. Estudou a
natureza usando o método experimental. “A experimentação é o modo mais seguro de uma investigação”.
Sobre botânica, seus trabalhos são tão importantes quanto de Teofrasto em sua
época. Chamado de “Doutor da Igreja”, ele era defensor do estudo científico em
harmonia com a religião.
7.
Roger Bacon (1214-1294)
Filósofo inglês,
contemporâneo de Alberto Magno. Fez grande uso do empirismo e da matemática
para estudar a natureza. Também chamado
de Rogério Bacon, foi um dos famosos frades de sua época. Foi um dos primeiros
ocidentais a ensinar a filosofia de Aristóteles. Na história natural,
contribuiu na propagação de “Leis da Natureza”. Foi um cientista envolvido com a
alquimia que era condenada pela igreja medieval. Exercia as atividades de
alquimia em segredo e havia rumores de que ele inventara um espelho que
revelava o futuro, um busto que falava e por evocar os elementos da natureza.
8.
Garcia
da Orta (1500-1568)
Médico judeu português
que viveu na Índia. Estudou a aplicação medicinal das plantas que abordava em
sua obra “Colóquios dos Simples e Drogas
das Cousas Medicinais da Índia”. Formou-se em filosofia natural e medicina
por volta de 1523. Recebeu ótimos cargos durante sua vida. Seu livro falava
sobre o uso medicinal de plantas originárias da Índia.
9.
Andreas Vesalius (1514-1564)
Médico Belga,
considerado pai da anatomia moderna. Resolveu aprimorar os conhecimentos sobre
anatomia e fisiologia que estavam sem atualização há muito tempo. O
conhecimento obtido através do estudo dos corpos de animais e a falta de aulas
práticas na universidade de Paris fez com que Vesalius visitasse cemitérios
para estudar cadáveres de criminosos e vítimas de pragas para melhor
compreensão da anatomia
humana. Autor de “De Humanis
Corporis Fabrica” também conhecido como “Fabrica”.
10.
William Harvey (1578-1657)
Médico britânico
que pela primeira vez demonstrou corretamente o sistema circulatório do sangue. O
sangue bombeado pelo coração carregava os nutrientes pelo corpo. Alguns
acreditam que ele continuou alguns trabalhos muçulmanos como os de Ibn Nafis
que lançou os primeiros estudos sobre veias e artérias ainda no século XIII.
Mesmo assim os trabalhos de Harvey foram bem recebidos através de estratégica
divulgação de simpatizantes chamados pelos opositores de “circulatores”.
Empreendeu estudos também sobre geração através de trabalhos experimentais com
os animais do parque do rei. Defendia que todo ser humano provinha de um ovo
ancestral em comum.
11.
Antoni van Leeuwenhoek (1632-1723)
Cientista dos
Países Baixos e criador dos microscópios Deflt. Contribuiu para a melhoria de microscópios
e nos entendimentos da biologia celular. Chamava as células vegetais
de “glóbulos”. Possuía a maior coleção de lentes do mundo. Cerca de 250
microscópios. Através de suas criações observou e descreveu pela primeira vez
fibras musculares, bactérias, protozoários e fluxos sanguíneos nos capilares de
peixes. Seu microscópio aumentava em 200 vezes. Refutou a abiogênese
(surgimento de microorganismos do nada). Para isso observou duas amostras, uma
aberta e outra fechada. Na amostra fechada não houve contaminação. A biogênese é certa e a abiogênese errada.
Com seus trabalhos usando microscópio o mundo se abre para os naturalistas para
o mundo microscópico.
12.
Jan Swammerdam (1637-1680)
Também cientista
dos Países Baixos. Foi o primeiro a observar eritrócitos (Glóbulos vermelhos ou
hemácias). Pioneiro no uso do microscópio e famoso pela sua coleção de história
natural. Era simpatizante de Descartes no modo como a natureza devia ser
observada. Estudou anatomia e respeitou uso não-ético do microscópio para
estudar o corpo humano. Descobridor dos glóbulos vermelhos
(eritrócitos) anos antes de Leeuwenhoek observar microorganismos pela primeira
vez no microscópio. Descreveu o cérebo, o pulmão e a medula espinhal humanos.
13.
Carolus Linnaeus (1707-1778)
O expoente máximo
no início da sistemática biológica foi Lineu (Carolus Linnaeus). Ele foi
botânico, zoólogo e médico sueco. Criador da nomenclatura binomial e da
classificação científica. Considerado o pai da “taxonomia moderna”. Um dos fundadores
da Academia Real de Ciências da Suécia. Participou do desenvolvimento da escala
Celsius. Ele propôs uma inversão da escala de Anders Celsius com o 00
como ponto de ebulição e 1000 como ponto de fusão. O botânico mais
conhecido de sua época com dotes literários. O filósofo Jean-Jacques Rosseau
enviou-lhe uma carta dizendo: “-diga-lhe
que não conheço maior homem no mundo”. Recebeu outros elogios como de
Goethe que afirma que Lineu o influenciou muito. Em 1735 publicou o seu sistema
taxonômico baseado nas semelhanças morfológicas.
14.
Jean-Baptiste
de Lamarck (1744-1829)
Naturalista francês
que desenvolveu a Teoria dos Caracteres Adquiridos
(desacreditada atualmente). Personificou as idéias pré-dawinistas da evolução.
Ele introduziu
o termo “biologia”. Ingressou em História natural e escreveu uma
obra de vários volumes sobre a flora da França. Um conde, admirado com seus
trabalhos, o indicou para o Museu de História Natural de Paris. Foi “curador
dos invertebrados”
(mais um termo criado por ele). Antes de 1800 ele acreditava que os seres vivos
eram imutáveis. Mudou de idéia enquanto estudava os moluscos da Bacia de Paris
e ficou convencido da transmutação entre as espécies. Em 1809 apresenta seu
novo trabalho, uma teoria da evolução chamada de “Philosophie Zoologique”.
A Teoria dos
Caracteres Adquiridos não teve boa aceitação na França, mas foi bem recebida na
Inglaterra.
15.
Georges Cuvier (1769-1832)
Foi um naturalista
francês que formulou as Leis da Anatomia Comparada após comprovar o
fenômeno da extinção que possibilitou as reconstruções paleontológicas. Era
também um naturalista pré-darwinista. Os seres extintos, somente encontrados em
fósseis faziam parte da mesma biologia e se classificavam normalmente como os
seres-vivos, não importando o tempo passado contribuindo para aprimorar o
modelo evolutivo. Ao comparar as ossadas de mamutes e masterodontes descobriu
que eram diferentes de elefantes viventes e isso reforçava as Leis da Anatomia
Comparada.
16.
Robert Brown (1773-1858)
Botânico e físico
australiano. Foi um dos pioneiros em trabalhos sobre o núcleo de células vegetais. Em
1800 embarcou como naturalista em um barco para investigar os recursos
naturais, incluindo a flora dos litorais australianos. Tal expedição se tornou
histórica pelos seus resultados e tinha o objetivo de investigar a hidrografia
da costa australiana. Recolheu cerca de 3400 espécies, sendo que 2000 eram
ainda desconhecidas. Parte das coletas se perdeu devido ao naufrágio do navio
que as levava para Londres. Levou mais de três anos de viagem exploratória e
quatro anos para classificar as espécies vegetais. Publicou a obra “Prodromus Florae Novae Hollandiae”.
Primeira publicação sistemática da flora australiana. Observou que partículas
de pólen se moviam sob o microscópio e concluiu se tratar apenas de um
movimento não biológico causado pela interação da energia contida nas
moléculas. Essa pequena agitação de partículas foi denominada como “Movimento
Browniano” em nome ao seu descobridor e atualmente tenta-se associar
este movimento à “Teoria do Caos”.
17.
Matthias Jakob Schleiden (1804-1881)
Foi um botânico e
mal-sucedido cantor alemão que chegou a viver na rua devido ao fracasso
profissional. Juntamente com Schwann, propôz a Teoria Celular que estabelecia
que a célula fosse a unidade básica de construção dos seres-vivos. As células
são produzidas por células pré-existentes. Fundador também da neo-celulose. Dedicou-se mais aos estudos
microscópicos das estruturas vegetais. Escreveu “Contributions to Phytogenesis” no qual defendia que todas as partes
de uma planta eram compostas por células. Comprovou a idéia da célula que até
então era aceita, mas não comprovada. Aceitou a existência de um núcleo celular
e foi um dos primeiros biólogos alemães a considerar a evolução de Darwin.
18.
Charles
Darwin (1809-1882)
A seleção natural é o mecanismo primordial da evolução.
Naturalista
britânico, conhecido mundialmente pelas obras publicadas sobre a Teoria da
Evolução e A Origem das Espécies. Para elucidar melhor a origem e transformações das
espécies, Darwin realizou uma circunavegação a bordo de um navio chamado
“H.M.S. Beagle” no intervalo de 1831 a 1836 e fez pesquisas sobre geologia e
história natural. O local mais importante visitado por Darwin foi a Ilha de
Galápagos onde havia animais típicos somente daquele local. Realizou a
reconstrução paleontológica através da anatomia comparada, observou o ambiente
orgânico e inorgânico e passou 22 anos elaborando seu trabalho até lançar sua
obra “A Origem das Espécies” em 1859 que constitui hoje o paradigma central da
evolução dos seres vivos. Seu trabalho envolveu a participação dos estudos do
jovem naturalista Alfred Russel Wallace. A teoria da evolução de Darwin explica
diversos fenômenos da biologia.
19.
Theodor Schwann (1810-1882)
Astrônomo e
matemático polonês. Juntamente com Schleiden, seu amigo íntimo, criaram a Teoria Celular
e Neocelular. Descobriu e preparou a primeira enzima em tecido
animal. A pepsina, uma das enzimas digestivas. Estudou fermentação do açúcar e
do amido sob a visão de processos biológicos. Estudou também as propriedades e
funcionamento dos músculos e as células nervosas. O estudo das células nervosas
levou a descoberta da células de Schwann. Criador do termo “metabolismo”
para designar os processos químicos de um organismo. Contribuiu para a
embriologia (ciência que praticamente fundou). Estudou o desenvolvimento da
primeira célula fecundada (o ovo) até a formação de um organismo completo.
20.
Joseph Hooker (1817-1911)
Botânico,
explorador e naturalista inglês. Aconselhou Darwin a analisar os trabalhos de
Alfred Russel Wallace. Foi presidente da
Royal Society e diretor dos jardins botânicos reais de Kew. Foi o mais
importante botânico britânico do século XIX. Discutia com seu amigo Charles
Darwin sobre especiação e evolução. Realizou uma viagem investigativa pelos
mares do sul durante 3 anos estudando a vida na Antártica, Nova Zelândia e
Tasmânia que resultaram na criação de 3 volumes cada um com o nome do local
estudado. Estudou rochas nas quais encontrou fósseis de plantas e percebeu,
assim como Darwin, a importância dos trabalhos sobre evolução. Foi um
entusiasta de paleobotânica.
Numa segunda viagem visitou o norte da Índia à procura de novas plantas
financiado pelo governo britânico. Teve um contratempo com a política do local
(rajá dos Sikkin), mas obteve êxito na exploração onde conheceu melhor sobre a
botânica e geografia do local. Lançou um livro específico sobre a flora da
Índia e, além disso, visitou também diversas outras regiões da Ásia e também a
América do Norte. Em todas as suas viagens recolheu importantes amostras para
estudo. Classificou várias novas plantas e foi largamente reconhecido pelos
seus trabalhos sendo eleito membro da Royal Society com apenas 30 anos.
21.
Gregor Mendel (1822-1884)
Monge, botânico e
meteorologista austríaco. Desde pequeno já estudava plantas em sua casa e foi
encorajado pela família para seguir estudos superiores. Foi mandado para uma
escola de monges (estudo gratuito), se tornou monge e ficou incumbido pelos
jardins do mosteiro que se tornaram uma importante escola para Mendel. Devido
aos estudos, se destacou e se tornou professor de ciências naturas na Escola
Superior de Brno onde investiu nos estudo de cruzamentos de plantas (Feijão,
chicória, frutas e ervilhas) cultivados na horta do mosteiro de Brno e animais
(camundongos e abelhas). Realizou um trabalho matemático e extenso de sete anos
com ervilhas.
Frisava que a cor de algumas plantas dependia da hereditariedade. Os pares de
unidades elementares de que falava veio, mais tarde a serem conhecidos como
“genes”. Mendel é conhecido como “Pai da Genética”. Estudou sobre a Teoria da
Evolução, apresentou obras sobre cruzamento de plantas e definiu as Leis da
Hereditariedade, conhecidas como “Leis de Mendel”.
22.
Louis Pasteur (1822-1895)
Foi um
importante cientista francês que realizou trabalhos na área da medicina e da
química. Suas experiências deram cabo à crença de que a vida poderia surgir a
partir de material não-vivo. Lembrado pelas descobertas das causas de algumas
doenças e de modos de prevenção e cura. Erradicou a febre puerperal e criou a primeira vacina
para raiva. Seus experimentos deram fundamento para a “Teoria
Microbiológica das Doenças”. Inventou um método para esterilizar leite e vinho
para não transmitirem doenças. Processo chamado de Pausteurização, termo que o
homenageia. Foi um dos três fundadores
da microbiologia juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Coch. Está sepultado no Instituto Pasteur e seu
mausoléu esta adornado com decorações no estilo bizantino com temas sobre suas
descobertas. Descobriu a pasteurização (processo de aquecer e resfriar
bruscamente um alimento para matar microorganismos causadores de doenças) após
receber um pedido de vinicultores para descobrir a causa que levava o vinho e a
cerveja azedarem. Pasteur analisou amostras num microscópio, identificou a bactéria
e criou a esterilização térmica para matar os microorganismos que causavam o
azedume. O processo também incluía manter a bebida vedada para evitar outra
contaminação. Essa descoberta de Pasteur serviu também para tratar outras
bebidas, como o leite e outros alimentos. Em 1888 fundou o Instituto Pasteur, um dos
mais importantes centros de pesquisa da atualidade.
23.
Alfred Russel Wallace (1823-1913)
Naturalista,
antropólogo e biólogo britânico. Um dos pioneiros na
Teoria da Evolução. Em 1858 visitou e estudou a fauna e flora das ilhas
Molucas na Indonésia. Enviou seu trabalho para Darwin analisar e contribuiu com
a Teoria da evolução. Darwin notou que o trabalho de Walace era idêntico ao seu
e mesmo assim apresentou seu trabalho no Linnean Society of London simultaneamente
com Wallace porque considerou isso pertinente e justo visto que não havia
plágio uma vez que Darwin mantinha a produção de sua obra em sigilo. O Linnean Society of London é o principal
centro de História Natural da Grã-Bretanha. Wallace foi o primeiro a propor a geografia dos animais,
foi um dos precursores da ecologia e da biogeografia. Considerado “pai da
biogeografia”.
24.
Algust Weismann (1834-1914)
Biólogo alemão.
Contemporâneo e conterrâneo de Walther Flemming. Descobriu que as células
sexuais de gametas não duplicavam os cromossomos e sim dividiam. Processo
chamado de meiose.
Além dos gametas, os esporos também possuim meiose. Criador da “Barreira de Weismann”
que define que, não completamente, as células somáticas não transmitem
informações para a célula germinativa. Essa barreira é muito usada para
defender a Seleção Natural de Darwin.
25.
Robert koch (1843-1910)
Médico patologista
e bacteriologista alemão. Um dos fundadores da bacteriologia e
contribuiu para a compreensão das epidemias e transmissões de doenças.
Descobriu e descreveu sobre os agentes de carbúnculo e seu ciclo, a etiologia
da infecção traumática. Estudou as bactérias, sua fixação e coloração, as
identificou e classificou. Descobriu o bacilo da tuberculose em 1882
(bacilo de Koch). Seus trabalhos sobre este bacilo estão nos “Postulados de
Koch”.
Em 1883, segundo
alguns estudiosos, descobriu o vibrião colérico. Aprendeu a ler sozinho e isso
foi prova de sua perspicácia e inteligência. Carbúnculo é uma doença infecciosa
comum entre animais herbívoros, selvagens ou domésticos e pode infectar
humanos. Mais comum em países com baixo desenvolvimento na área da saúde.
26.
Walther
Flemming (1843-1905)
Foi um biólogo
alemão fundador
da citogenética. Demonstrou que os estágios diferenciados da mitose
não eram a coloração das lâminas usadas. Estabeleceu que a mitose ocorria em
células vivas e que os cromossomos se duplicavam dentro da célula antes da
célula se dividir em duas. Mitose: Processo de divisão de cromossomos de
uma célula eucariótica com a célula filha. Processo que leva de 90 a 120
minutos e possui 4 etapas: Profase, metafase, anafase e telofase.
27.
Thomas Hunt Morgan (1866-1945)
Geólogo e
geneticista estadunidense. Explorou o “linkage” genético, a recombinação
dos genes em cromossomos durante a divisão celular através do modelo “Drosophila Melanogaster” (Mosca da
Fruta). Trabalhou em história natual,
zoologia e macromutação da drosophila. Por isso a drosophila se tornou o
principal modelo animal em pesquisas genéticas. Sua principal área de atuação
foi a genética e ganhou o prêmio Nobel de
medicina em 1933 ao demonstrar que os cromossomos são portadores de
genes. Lançou mão dos trabalhos de Gregor Mendel que eram desconhecidos em 1900
para estudar a hereditariedade da drosophila. Em 1910 notou que uma mosca macho
tinha os olhos brancos sendo que normalmente são vermelhos. Cruzou este macho e
seus descendentes tiveram olhos vermelhos. Concluiu que a hereditariedade era
recessiva. Ao longo dos experimentos descobriu que apenas machos adquiriam essa
mutação. Escreveu, juntamente com estudantes, o livro “The Mechanism of
Mendelian Hereditary”. Os trabalhos de Morgam ajudaram a tornar a biologia uma
ciência descritiva e experimental.
28.
Oswald Avery (1877-1955)
Médico e
investigador bioquímico estadunidense. Atribui-se a ele a descoberta do ADN (Ácido Desoxirribonucléico).
Seus trabalhos foram voltados para o estudo da bactéria que provoca a pneumonia
(estafilococo) e descobriu que havia duas variedades dessa bactéria. Uma com
uma cápsula lisa e outra inofensiva sem cápsula com aparência rugosa. Ao
combinar a bactéria lisa morta com uma rugosa e injetar num rato, descobriu que
a bactéria se transformava na classe da bactéria lisa. Em sucessivos
experimentos descartou-se que a mudança era provocada por uma proteína e
descobriu-se a existência do ADN, responsável pela transmissão do material
genético. Assim, é o ADN e não as proteínas que compõe o material genético dos
cromossomos
.
29.
Francis Crick (1916-2004)
Físico e
químico britânico, mais conhecido pelo “modelo genético de dupla hélice”. Juntamente
com James Watson demonstrou a estrutura da molécula de ADN. Correu contra o
tempo para publicar sua descoberta antes de outro cientista prestigiado (Linus
Pauling) que estudava a possibilidade do ADN ter cadeia tripla tendendo a
aceitar a cadeia dupla que se encaixava melhor em estruturas já conhecidas e
estudadas. Crick publicou seu trabalho na revista Nature e aos poucos foi
ganhando atenção da comunidade científica até que em 1962, Crick ganhou o
prêmio Nobel de medicina/fisiologia juntamente com seus colegas de trabalho.
Crick tinha uma personalidade extrovertida e conta-se que suas risadas podiam
ser ouvidas pelos corredores do laboratório. Dedicou
parte de sua vida ao estudo da neurociência.
30.
James Watson (1928)
Biólogo
estadunidense. Trabalhou ao lado de Francis Crick e Maurice Wilkins. Juntos
descobriram a estrutura
de hélice dupla dos cromossomos. Aprimorou o conhecimento da
composição do ADN. Ficou conhecido como um cientista imprudente nas palavras.
Nos seus artigos defendia a eugenia, a manipulação genética e a clonagem humana. Afirmava que a África era de um país inferior
geneticamente. O africano não havia evoluído intelectualmente (devido à
genética comprometida pela pobreza) e por isso eram subordinados e empregados
apesar de haverem negros com boas posições. Isso era respeitado por ele, mas
era fato para ele também. Devido aos seus comentários, considerados
acientíficos, teve algumas palestras importantes canceladas e retratado em
alguns artigos científicos como um cientista renomado pelas suas contribuições,
porém racista.
31.
Marshall Warren Nirenberg (1927-2010)
Químico e geneticista
americano. Quebrou
o código genético e demonstrou como ele opera na produção de
proteínas. Os principais componentes da célula estudados por Nirenberg foram o
DNA, o RNA e as proteínas. Foi um dos autores por
decifrar a primeira seqüência de nucleotídeos de DNA que sintetizam a
fenilalamina. Por este trabalho ganhou o prêmio Nobel de fisiologia/medicina de
1968. A natureza do código genético foi experimentalmente revelada no final da
década de 50. Somado à descoberta da primeira enzima de restrição de 1968 e da
técnica de PCR de 1983 foram estabelecidos os pilares da ciência chamada
atualmente de Biologia Molecular.
32.
Har Gobind Khorana (1922)
Biologista
molecular indiano. Premiado pelo Nobel de fisiologia/medicina de 1968
juntamento com Marchall Niremberg e Robert Holley pela interpretação do código genético e sua
importância na síntese protéica. Atualmente trabalha na Universidade
de Química de MIT.
33.
Leonard Hayflick (1928)
É um médico
estadunidense. Professor de anatomia da universidade da Califórnia em São
Francisco e já foi microbiologista da universidade de Stanford. Fez descobertas
importantes sobre a senessência celular por estudar o envelhecimento das
células por mais de 30 anos. Também estudou sobre o encurtamento dos telômeros.
Segundo Leonard Hayflick existe uma fileira de talômeros que compõem as
células. Elas vão encurtando ao longo da vida e isso delimita o tempo de
renovação das células e, conseqüentemente, a célula morre. Essa barreira
genética na reprodução foi chamada de “Limite de Hayflick”.
34.
Carl Woese (1928)
Microbiólogo
norte-americano famoso por descobrir um novo domínio no reino dos seres vivos
chamado de Archaea em 1977 pela técnica “filogenética do RNA
ribossomal 16S”. Woese foi um dos pioneiros no uso desta técnica. Durante 3
anos o novo domínio sofreu resistência de aceitação científica e foi em 1980
que o domínio Archaea foi considerado. Esse domínio abrange bactérias
procariontes com características distintas.
35.
Edward Osborne Wilson (1929)
Entomologista e
biólogo americano. Especialista em formigas onde usava feromônios para
comunicação. Seus trabalhos envolviam ecologia, evolução e sociobiologia. Foi
responsável por trazer o debate da sociobiologia na ciência. Lançou o livro “Sociobiology: TheNew Synthesis (1975)”. É
creditada a ele a popularização do termo e definição da “biodiversidade”. Ganhador do
prêmio Crafoord de 1990, uma medalha nacional de ciências de 1976 e dois
Pulitzers. Em 1995 a revista Time o colocou como uma das 25 pessoas mais
influentes da América. Sugeriu a criação
de um banco de dados virtual com as informações e imagens de toda a flora e
fauna do mundo para facilitar a compreensão e comparação das espécies já
conhecidas e facilitar a descoberta de novos seres-vivos.
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