|
1. Zoologia
– Ciência que estuda os animais.
2. Botânica –
Ciência que estuda as plantas e algas.
3. Micologia
– Estuda os fungos. Exemplo de fungo: Cogumelo.
4. Bacteriologia –
Bactérias: Organismos procariontes
5. Virologia – Vírus:
Organismos acelulares, incompletos e parasitas.
6. Citologia ou
Biologia Celular
7. Genética
– Gregor Mendel ”Pai da Genética”.
8. Biologia
Molecular – Molécula: Grupo de átomos com propriedades específicas.
9. Sistemática
– Ciência que abrange todos os seres vivos. Estuda, compreende e classifica.
10. Biologia
Evolutiva - Abrange várias áreas da biologia. Evolução das espécies.
11. Fisiologia
– Estudo do funcionamento do organismo. Exemplo. William Harvey estudou a
circulação do sangue.
12. Ecologia
– Estuda os ecossistemas. Interação da vida com a vida e o meio ambiente.
13. Biologia
de Sistemas – Enquanto a sistemática estuda os sistemas, a biologia sistêmica
estuda um sistema biológico.
14. Biologia da
Conservação – Preservação da biodiversidade.
15. Bioética
– Abrange filosofia, ética, ecologia, conservação, medicina e direito.
16. Biologia
de Desenvolvimento – Desenvolvimento do organismo em suas várias fases. Ex. do
ovo à fase adulta.
17. Histologia
– Estudo dos tecidos biológicos. Microscópio. Robert Hook.
18. Etologia –
Ramo da zoologia que estuda o comportamento animal.
19. Imunologia
– Ciência que estuda o sistema imunológico (ou imunitário).
20. Biotecnologia
– Uma das ciências mais novas. Estuda o uso dos organismos vivos ou parte deles
para produção de bens e serviços.
Zoologia
→ Ciência que estuda os animais. Segundo Carolus Linnaeus o reino animal
é dividido em cinco reinos que, por sua vez,
são divididos nos filos: Porífera,
Cnidários, Platelmintos, Nematelmintos, Anelídeos, Moluscos, Artrópodes,
Equinodermos e nos cordados: Peixes,
Répteis, Anfíbios, Aves e Mamíferos. Na zoologia há estudos específicos em zoofísica, ecologia e morfografia. Na zoologia
estuda-se genética, fisiologia, ecologia, biologia evolutiva, e sistemática.
Neste campo da biologia destaca-se Edward Wotton, principal expoente de
Aristóteles depois da Idade Média, por volta de 1550. Divide-se em Entomologia
(Estudo dos insetos), Ornitologia (Aves), Malacologia (Moluscos), Herpetologia
(Répteis e Anfíbios), Ictiologia (Peixes), Mastozoologia (Mamíferos) e Etologia
(Comportamento animal).
Botânica
→ Provém do grego “botané” que significa “Planta”. Estudo das
plantas e algas. Ciência das plantas e biologia vegetal. Crescimento,
reprodução e metabolismo. Plantas são todos os organismos que possuem
plastídios no citoplasma. As plantas podem possuir clorofila
A ou B. A botânica se dividem em Algas: Não possuem tecidos verdadeiros e Embriófitas:
embriões multicelulares no material materno. A planta e a alga, além de
alimentos, nos fornecem matéria-prima para construções e utensílios e produzem
oxigênio. Atualmente a engenharia
genética foi um marca na história da botânica. As plantas podem resistir às
pragas e produzir vacinas.
Micologia
→ Também conhecida como Micetologia, é a ciência que estuda os
fungos. Os fungos podem ser parasitas, saprófitos ou decompositores. Micologia
vem do grego “mikes” que significa cogumelo (que também é um fungo) e “logos” =
estudo. Apesar de ser exercida por botânicos, a micologia, se destaca como um
estudo independente. O padre Johanes Rick, que trabalhou com fungos no Rio
Grande do Sul é considerado o “Pai da Micologia
Brasileira”.
Micólogos
são especialistas no estudo de fungos. São também chamados de micetologistas,
micologistas ou agaricólogos. O principal alvo de estudo de micologistas são os
fungos que chegam a 100 mil espécies.
Bacteriologia
→ Estuda a morfologia, ecologia, genética e bioquímica das
bactérias. O estudo possui um interesse voltado principalmente para a medicina.
Importante no combate às doenças e criação de novos medicamentos. A maior
contribuição da bacteriologia veio em 1928 com a descoberta da penicilina (antibiótico natural derivado de um
fungo) pelo doutor Alexander Fleming. As bactérias, juntamente
com as algas cianofíceas são procariotas, ou seja, não possuem núcleo celular
como os organismos eucariontes. As bactérias se dividem em três classificações:
Esféricas (cocos), cilíndricas (bacilos) e espiraladas (espiroquetas).
Virologia
→ É o estudo do vírus e suas propriedades. Como os vírus não são uma
célula completa (acelular) eles são
basicamente um ácido nucléico envolvido por uma capa protéica. Fora das células
os vírus são inofensivos, porém quando infectam uma célula eles se reproduzem
atacando várias outras células. Por isso os vírus são chamados de “parasitas intracelulares obrigatórios”. Apresentam
RNA ou DNA
e são as menores entidades biológicas e o nome significa “veneno”. Em 1892 Ivanowski
descobriu essa nova forma de infecção biológica quando um filtrado ainda
carregava uma entidade biológica infecciosa mesmo após a passagem pelo filtro
que retinha as bactérias, conhecidas até então como os menores microorganismos
conhecidos.
Citologia
/ Biologia Celular → Estrutura e funções das células de seres vivos.
As células só puderam ser vistas pela primeira vez com a invenção do microscópio óptico. Leeuwenhoek
foi um dos pioneiros no uso do microscópio e com ele estudou os glóbulos
vermelhos e observou pela primeira vez a existência de espermatozóides. As
células foram observadas posteriormente com o aperfeiçoamento do microscópio
por Hook. Atualmente existem os microscópios
eletrônicos que aumentam de 5 mil a 500 mil vezes. A célula corresponde à menor estrutura
viva possível que ainda mantém um funcionamento biológico. Bactérias
são unicelulares, vírus são acelulares e pessoas são pluricelulares. Uma
curiosidade é que o ser humano é composto de 10 trilhões de células próprias e
90 trilhões de células de microorganismos vivendo nele.
Genética
→ Ciência dos genes, da
hereditariedade e da variação dos organismos. O termo “genética” surgiu em 1908
pelo cientista William Batesson. Gregor Mendel também é visto como “Pai da Genética” ao lado de Batesson, por estudar
a hereditariedade de ervilhas e outras plantas e animais. Em seus estudos
descobriu que havia erros genéticos reversíveis de uma geração para outra. Os genes
controlam a síntese da proteína apesar de haverem genes que não
controlam (não-codificantes). Desde a pré-história o ser humano já tira
proveito da genética para cruzar animais. Atualmente o estudo dos genes é
importante para a detecção de doenças e criação de medicamentos mais eficientes.
Os genes estão no DNA e o DNA está nos
cromossomos da célula.
Biologia
Molecular → Semelhante à genética por estudar, em especial, a síntese protéica, a relação
entre DNA e RNA e a interação entre as células. Molécula é um grupo de
átomos ou células. Nesta área entre outros estudos envolvendo a genética,
química, bioquímica e biofísica. Não há
uma distinção bem definida do campo de atuação da biologia molecular que fica
entre genética e bioquímica. Molécula é uma entidade eletricamente neutra, a união
de átomos que geram as propriedades básicas de uma substância. Açúcar, água e a maioria dos gases são
compostas por moléculas. Sais, metais e os gases nobres não são. No mundo das
moléculas ocorrem algumas curiosidades como os “isômeros”
que são moléculas com a mesma fórmula, porém estrutura e propriedades diferentes.
Sistemática
→ A maioria dos organismos é parasita e
a maior parte deles ainda é desconhecida. É o ramo da biologia que
estuda, descobre, compreende e classifica os seres vivos com intuito de
organizar a biodiversidade (zoologia ou botânica) para estudos mais específicos
por outras áreas. A sistemática se divide em taxonomia (estudo de uma espécie
ou população de táxons) e filogenia (estudo das relações evolutivas
entre os seres vivos). Todo biólogo é um sistemata. Atualmente o genoma é um
dos novos critérios de classificação de organismos. Aristóteles foi o primeiro
sistemata que se tem registro. Seguido por seu discípulo Teofrasto, depois por Darwin
(o mais influente) e atualmente por Edward Osborne Wilson e outros biólogos
importantes.
Biologia
Evolutiva → Essa disciplina da biologia surgiu nas décadas de 30 e
40 devido à síntese
evolutiva moderna e aborda a evolução entre as espécies e populações
até mesmo os fósseis. Ganhou mais atenção nas décadas de 70 e 80 com a inclusão
em mais universidades. Na década de 90 a Biologia de Desenvolvimento foi
incorporada na biologia evolutiva. Os biólogos dessa área são chamados de biólogos evolutivos ou evolucionistas.
As especializações como mastozoologia, ornitologia
e herpetologia são amparadas pela biologia evolutiva. O alvo de pesquisa mais recente é a microbiologia que foi valorizada pelos avanços da
leitura genômica de microorganismos que revela laços evolutivos.
Fisiologia
→ Do grego “phisys”= natureza e “logos” = estudo. É o estudo das funções mecânicas,
físicas e bioquímicas dos organismos. Resumidamente estuda o funcionamento
do organismo. A fisiologia experimental surgiu com William Harvey que descreveu o sistema
circulatório do sangue no século XVII, mas a fisiologia moderna surgiu um
século antes (XVI) com os estudos da circulação pulmonar de Miguel Servet, médico aragonês. As idéias de Claudio Galeno sobre o coração e o sangue
perduraram durante muito tempo como uma fisiologia teórica que foi refutada por
Servet e Vesálio
que demonstraram que não havia mistura de sangues nos canais cardíacos.
A fisiologia estuda a respiração, circulação, digestão, reprodução,
cardiovação, digestivo vascular e muscular. Divide-se em ecofisiologia, neurofisiologia, eletrofisiologia,
biologia molecular e fisiologia do exercício.
Ecologia
→ Área da biologia com uma abordagem mais ética e humana. Ciência que estuda os ecossistemas. Interações entre
as espécies que determinam a distribuição e abundância dos seres vivos. Do grego “oikos” = casa e “logos” = estudo. O
termo “ecologia” foi usado pela primeira vez por Ernst Haeckel em 1869 para
definir o estudo da interação entre o meio ambiente e os seres vivos. Divide-se
em autoecologa, sinecologia e demoecologia e
muitos outros ramos recentes. O meio ambiente é influente também nas funções
vitais dos organismos como o comportamento através do metabolismo determinando
a distribuição e abundância no mesmo habitat. Isso inclui sérios estudos sobre
o impacto do homem moderno no ecossistema. O ser vivo também altera o meio em
que vive. Além do homem há também a construção de corais por minúsculos
invertebrados. A simbiose (interação entre espécies diferentes) também é
alvo de estudos da ecologia.
Biologia de
Sistemas → Semelhante à sistemática, porém com um campo de estudo
mais específico. Também chamada de “Biologia
Sistêmica”. É o estudo das interações entre as componentes de um sistema
biológico e como essas interações refletem nas funções e comportamento dos
organismos. Nessa disciplina da biologia são analisadas moléculas que definem
os organismos. O estudo alterna teorias, modelagem computacional/matemática e
experimentos quantitativos de células e descrevem processos celulares. “Técnica de Família” (Ôma) é uma técnica
experimental para modelar as interações de um sistema.
Biologia
da conservação → Depois da ecologia é a disciplina da biologia mais
voltada à ética
e preservação da flora e da fauna. É a área responsável pela criação
de normas e estudos que garantem uma interação harmoniosa entre homem e
natureza evitando a extinção das espécies e promovendo a conscientização do
desenvolvimento sustentável. Energias renováveis,
reutilização de descartáveis e impacto ambiental são alvo de estudo da
biologia da conservação. Surgiu corrigir a crise da
biodiversidade. Além da preservação, visa reintegrar animais ao seu
habitat natural. Cada espécie é uma peça chave na evolução. “A escolha humana nem sempre deve prevalecer
sobre a natureza que levou milhares de anos para edificar aquilo que o ser
humano derruba pra proveito próprio sem previsão das conseqüências”. Meine, Primack e Rodrigues
são biólogos contemporâneos que trabalham em prol da biologia da conservação.
Bioética
→ A bioética é um campo de estudos da biologia que envolve outras
áreas como medicina, filosofia (ética) e direito (biodireito). Investiga as condições
necessárias para a administração da vida humana, animal e da responsabilidade
ambiental. Fertilização
in-vitro, clonagem, aborto e eutanásia são abordados pela bioética
que define os consensos morais. Além disso, também estuda a transgenia e as pesquisas com células tronco. Surgiu por volta de 1970 e seu
objetivo era discutir problemas surgidos pelo desenvolvimento tecnológico.
Pautada pelo humanismo, se situa entre os fatos explicáveis e a ética. A 2ª
G.M., as experiências científicas nazistas e russas reforçaram a consolidação
da bioética. Van
R. Potter usa o termo pela primeira vez em 1971 no seu livro
“Bioética: Ponte para o Futuro”.
Biologia
do Desenvolvimento → Estuda o desenvolvimento do organismo nas diversas etapas de sua
vida. Ex: do ovo à fase adulta. Abrange o crescimento, a
diferenciação celular e a morfogênese. A embriologia é um ramo que estuda o ser
vivo desde o zigoto até o final do estágio embrionário. Vertebrados,
invertebrados e plantas são alvos de análise na biologia de desenvolvimento. Estudos
mais especializados são: Metagênese, morfogênese,
espermatogênese, ovulogênese, gametogênese, neotemia, partenogênese,
pedogênese, poliembrionia e poliovulação.
Histologia
→ Ciência voltada para o estudo dos
tecidos biológicos, sua estrutura e funções. Disciplina fundamental para
a área de saúde e biologia. Robert Hook e Malpighi foram pioneiros neste
campo de estudos com o auxílio de microscópios. Meyer em 1819 difundiu a palavra
“histologia” pela primeira vez e Xavier Bichat introduziu o termo
“tecido”. A observação de um tecido no
microscópio é feita por transparência em uma amostra corada. A cor do corante
define a estrutura desejada para observação. Microscopia eletrônica,
imunofluorescência e corte por congelação são técnicas histológicas recentes e
reveladoras importantes para diagnósticos e prognósticos médicos.
Etologia → Estudo do comportamento animal. O comportamento animal está ligado ao meio ambiente e ao processo evolutivo. Essa disciplina da biologia ganhou forças com a Teoria da Evolução. Do grego “ethos” = ser profundo + “logos” = estudo. Konrad Lorenz e Niko Timbergen que, juntos estudaram o processo de aprendizagem de alguns animais. Timbergen definiu quatro análises básicas para o estudo. 1- Causal: Fatores externos e antecedentes. 2- Ontogenética: Tempo. 3- Filogenética: Evolução. 4- Funcional: Mudanças atuais, externa ou internamente ao indivíduo. A etologia contribui para a distinção entre alguns animais semelhantes, complementa o entendimento da psicologia humana e destaca o homem como um animal racional.
Imunologia
→ É o ramo da biologia que estuda o
sistema imunitário (imunológico). As características físicas, químicas e
fisiológicas do sistema imunológico são alvo de estudo pela imunologia. São
usadas técnicas in vitro, in sito e in vivo. O conceito de
imunologia foi criado por Elie Metchnikoff em 1882. A imunologia é uma
defesa interna e inerente de todo organismo e preserva sua saúde. As células
responsáveis pela defesa do organismo são os linfócitos e os fagócitos
que produzem anticorpos. Os linfócitos têm uma resposta adaptativa ao patógeno
enquanto que os fagócitos reagem de forma inata (sempre na mesma intensidade e
eficácia) ao corpo invasor patogênico. A pele é a
primeira barreira imunológica de um organismo.
Biotecnologia
→ Estudo de tecnologias baseadas na
biologia. Contribui para a agricultura, ciência dos alimentos e
medicina. A ONU possui muitas definições sobre a biotecnologia. Através de
processos biológicos o ser humano tira proveitos para produção de bens e
serviços. Os antigos criaram alimentos fermentados e atualmente o proveito vem
de técnicas genéticas de DNA recombinante
para melhorar a produtividade de alimentos ou tratar e prevenir doenças. Há
muitos investimentos nessa área para desenvolver drogas eficazes e há poucos
medicamentos biotecnológicos ainda no mercado. Engloba várias ciências como genética, biologia molecular e celular, biologia química,
embriologia, bioética e algumas engenharias.
Conclusão
|
A biologia vem se mostrando cada vez mais uma ciência
complexa e essencial, pois abrange desde as menores entidades biológicas como
enzimas e proteínas até populações inteiras e suas interações com o meio
ambiente. Existem disciplinas da
biologia envolvidas com a preocupação com a natureza e outras com o ser
humano. Impactos ambientais são investigados para uma coexistência pacífica
entre ser humano e natureza. O homem, apesar de racional, também faz parte da
natureza, possui metabolismos e necessidades iguais aos outros animais da
natureza. Por isso a biologia é importante e fascinante por fornecer aos
estudos humanos uma complexidade crescente e repleta de benefícios que
contribuem para a produção de bens de
consumo, combate às doenças, e sustentabilidade com tecnologias baseadas
nos processos biológicos e naturais como a obtenção de energia renovável
através da luz como é feito na fotossíntese há milhões de anos.
|
Por Reginaldo Ferrão,
Batatais-SP, 30 de julho de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário