quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sistema Endócrino


O sistema endócrino é um conjunto de glândulas que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios.

Sistema Endócrino
O sistema endócrino trabalha frequentemente em conjunto com o sistema nervoso. O sistema nervoso fornece informações ao sistema endócrino sobre as condições externas para que o sistema endócrino regule internamente o corpo em busca de um equilíbrio corporal. Juntos eles regulam várias funções corporais.
As principais glândulas (órgãos) que constituem o sistema endócrino são o Hipotálamo, a Hipófise, a Tireoide, a Paratireoide, as Suprarrenais, o Pâncreas, as Gônadas e o Tecido Adiposo.
Hipófise: A hipófise também é chamada de glândula pituitária e é dividida em duas partes: A glândula posterior chamada de Adenoipófise e a glândula anterior chamada de Neuroipófise.
Todos os órgãos endócrinos
liberam substâncias (hormônios) diretamente na corrente sanguínea para levar mensagens para outros órgãos com intuito de manter a estabilidade interna do corpo. Exemplo: Se uma pessoa tem fome é porque a tireoide liberou um hormônio responsável pelo apetite. Após a alimentação dessa pessoa outra glândula libera hormônios no sangue que são lidos pela tireoide novamente saciando a fome. Mas há diversas outras interações entre glândulas pelo corpo. A essa interação chamamos de Retroalimentação, onde uma glândula informa à outra a necessidade de estimular ou conter algum metabolismo no corpo por meio de hormônios.
O termo "endócrino" vem do grego e significa
"endo" (dentro) e "crino" (secreção). Se refere aos hormônios liberados pelas glândulas hormonais que são despejados no sangue para alcançar suas células-alvo em determinados órgãos do corpo.
As células-alvo possuem em sua membrana ou no citoplasma
receptores que são proteínas que reconhecem e se combinam com os hormônios certos para o seu metabolismo celular.
Quais as principais glândulas hormonais?
O ser humano possui diversas glândulas hormonais espalhadas pelo seu corpo. Algumas delas liberam mais de um tipo de hormônio.
Hipotálamo - Principal área do cérebro responsável pela liberação de hormônios. O hipotálamo se localiza na
base do cérebro em uma área chamada de tálamo. O hipotálamo contém as hipófises (adenohipófise e neurohipófise). É constituído por células neurosexcretoras que produzem e liberam hormônios.
Hipófise - Também chamado de
glândula pituitária. Dividida em três partes: Lobo frontal (adenohipófise), lobo posterior (neuro-hipófise) e lobo intermediário que é pouco desenvolvido. Um dos hormônios produzidos pela hipófise posterior é o hormônio do crescimento.
A hipófise controla sua própria velocidade de secretar hormônios controladores dependendo das substâncias liberadas pelas demais glândulas endócrinas na circulação sérica (sanguínea). Essa função da hipófise é chamada de retroalimentação (feedback). Mas ela não controla todas as glândulas endócrinas.
Respostas Indiretas à Hipófise
Embora os hormônios são liberados pelos órgãos endócrinos, nem todos os hormônios são liberados por eles. Há outros órgãos que não fazem parte do sistema endócrino como o cérebro que libera hormônios que atuam diretamente no sistema nervoso e não são enviados pela corrente sanguínea. Há órgãos que liberam substâncias semelhantes aos hormônios que atuam em uma área próxima ao órgão secretor. Esse órgão e sua secreção também não fazem parte do sistema endócrino. Outra nota importante é que alguns órgãos atuam de forma indireta ao controle da hipófise como o pâncreas que libera insulina de acordo com a concentração se açúcar no sangue. Outro exemplo de glândulas independentes da hipófise é a medula adrenal que responde diretamente ao sistema nervoso parassimpático.
Hormônios
O que são?
São proteínas compostas por
cadeias de aminoácidos de comprimento variável. Também podem ser esteroides (substâncias gordurosas derivadas do colesterol)
O que fazem?
Hormônio é uma substância liberada na corrente sanguínea por um órgão ou glândula. Esse hormônio afetam células de um local próximo ou distante. Uma pequena quantidade de hormônio liberado no sangue pode gerar uma mudança grande em algum outro órgão. Os hormônios ligam ao receptor das células e em seu interior há uma mudança na atividade celular que acelera, retarda ou altera uma função celular. Os hormônios podem direcionar o crescimento de um órgão e gerar características sexuais específicas.
Qual o intensidade de atuação de um hormônio?
Um hormônio pode afetar a atividade de apenas um ou mais órgãos. Mas há hormônios que atuam em todo o organismo. Podemos citar o hormônio liberado pela hipófise que afeta apenas a tireoide. Em contrapartida há o hormônio tireoidiano que estimula células de todo o corpo. Outro exemplo muito importante são os hormônios produzidos pelas ilhotas do pâncreas que controlam a glicose, proteínas e gorduras de todo o organismo.

Como funciona o controle de hormônios no sangue?
Como dito antes, os principais órgãos controladores são o
hipotálamo e suas hipófises. A hipófise gerencia e fiscaliza constantemente a concentração hormonal no sangue. Quando um hormônio específico se apresenta alto, então são liberados hormônios hipofisários que mandarão mensagens às glândulas alvos para que elas atenuem ou parem sua produção hormonal. A concentração abaixa e a hipófise para de enviar mensagens, ou seja, para de liberar hormônios hipofisários. Toda essa retroalimentação ocorre constantemente para que nosso organismo seja equilibrado e não haja falta ou excesso de substâncias como glicose, potássio, sódio, proteínas e até mesmo sal é água. Um desequilíbrio pode causar doenças específicas como obesidade e diabetes.
Principais hormônios
Aldosterona - Produzido pelas glândulas adrenais, regula a quantidade de água e sal no organismo através da retenção ou eliminação do potássio.
Antidiurético (vasopressina) - Produzido pela hipófise. Ajuda o rim a reter água. Juntamente com a aldesterona regula a pressão arterial.
Corticosteroide - Glândulas adrenais. Tem várias funções e atua por todo o organismo. Ajuda do controle da glicose, pressão arterial, equilíbrio de sal e água. Tem propriedade anti-inflamatória e atua na força muscular.
Corticotropina - Hipófise. Hormônio que controla hormônio. Controla e secreta hormônio no córtex adrenal.
Eritropoietina - Rins. Estimula a produção de eritrócitos.
Estrogênio - Ovários. Controla as características sexuais e do sistema reprodutivo feminino.
Hormônio do Crescimento - Hipófise. Controle do crescimento e promove a produção de proteínas.
Insulina - Pâncreas. Reduz a concentração sérica de açúcar e glicose. Afeta o metabolismo das proteínas e gorduras. Ela permite que a glicose penetre do sangue circulante para o interior das células onde são transformadas em glicogênio (reserva de glicose).
Glucagon (glucagônio) - Responsável pela conversão do glicogênio em glicose novamente no sangue circulante.
Ocitocina - Hipófise. Controla a contração uterina e mamária.
Progesterona - Ovários. Prepara o colo uterino para o ovo fecundado e as glândulas mamárias para produção de leite.
Hormônio Tireoidiano - Tireoide. Estimula o crescimento, maturação e secreção de hormônios pela tireoide.

Como funciona o ciclo menstrual feminino?
A hipófise e os ovários liberam hormônios que controlam a menstruarão em uma
flutuação mensal. Enquanto a hipófise libera hormônios luteinizantes e foliculoestimulantes o ovário libera os hormônios progesterona e estrógeno. Esses quatro hormônios enviam mensagens entre esses dois órgãos para controlar o ciclo menstrual. Apesar disso não se sabe como a hipófise libera seus hormônios tendo como alvo o útero. Presume-se que haja um relógio biológico que controla o tempo que varia de 28 a 35 dias.

Como ocorre a produção de leite nas mulheres?
A hipófise também está envolvida na produção lactante. Ela libera a prolactina, o hormônio que estimula a produção de leite. O bebê ao sugar o leite estimula a hipófise a produzir mais prolactina num ciclo retroalimentar. Além disso a saída de leite pela sucção do bebê também estimula a produção da ocitocina que atua nas glândulas mamárias causando a contração de canais lascíferos nos seios que facilitam a saída do leite.

Há sistemas que não são endócrinos e também liberam hormônios?
Sim. As
ilhotas paratireoidianas e pancreáticas produzem hormônios independentes da hipófise para controlar sua própria intensidade de secreção hormonal.

Como ocorre o controle de açúcar no sangue?
Muitos dos alimentos que consumimos contem açúcar de alguma forma que pode se glicose, sacarose, lactose ou frutose. Quem controla a concentração sérica de açúcar é o
pâncreas que libera a insulina que irá processar os açúcares e diminuir sua concentração no sangue. Quando há alguma deficiência de insulina a concentração de glicose no sangue aumenta causando a patologia chamada de "diabetes". A pessoa que é acometida por esse problema precisa evitar consumir alimentos com açúcar e injetar em seu sangue doses diárias de insulina sintética produzida por bactérias. Mas também pode ocorre a superconcentração de insulina que causa a falta de glicose no sangue causando a hipoglicemia. A hipoglicemia é causada pela falta de insulina e a falta de insulina pode ser causada pelo excesso de açúcar ingerido pela pessoa. Nesse caso o excesso de açúcar no sangue exige mais insulina e mais produção de insulina pode causar uma deficiência no pâncreas que para a produção de insulina causando o diabetes e a obesidade.
Transmissores
São proteínas ou derivados de gorduras que compõem os hormônios e outras secreções que possuem a função de alterar o metabolismo celular. Os transmissores são produzidos pelas glândulas e são enviados para outros órgãos onde irão atuar como estímulos na atividade celular. Seja na membrana celular ou em seu interior.
Os transmissores
estimulam as células e também são produzidos por elas. Todo o caminho percorrido pelos transmissores é dividido em três sistemas principais (endócrino, nervoso e imune). Eles tem muito em comum e cooperam entre si. Os transmissores ligam-se às suas células-alvo por receptores de proteínas que estão sobre a superfície celular ou em seu interior. Uma das funções dos transmissores é aumentarem a permeabilidade celular permitindo a maior queima de glicose através da insulina. Essa alteração na atividade celular, quando interna, ocorre no material genético e ocasiona uma alteração na produção de proteínas.

Como os hormônios atuam no ovário?
Menstruação, fertilidade e características sexuais femininas andam de mãos dadas. Todos começam ao mesmo instante devido à retroalimentação dos hormônios sexuais femininos.
Tudo começa quanto a adenohipófise (glândula situada na base do cérebro) libera durante a puberdade grandes quantidades de hormônios
folículo-estimulantes que irão estimular os folículos do ovário a se desenvolverem. Além disso, os óvulos contidos nos folículos também se desenvolvem. Os folículos estimulados em desenvolvimento liberam, por sua vez, o hormônio estrógeno que irão estimular o desenvolvimento das características sexuais femininas. A adenohipófise reconhece o hormônio estrógeno liberado no sangue e envia uma mensagem ao ovário através de outro hormônio denominado luteinizante que romperá um folículo liberando seu óvulo. O corpo-amarelo (corpo lúteo) no útero continua liberando estrógeno e passa a secretar também a progesterona que é mais um hormônio que será responsável por preparar o colo uterino para uma possível fecundação do óvulo (gravidez).

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