segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ácidos Nucléicos

Fonte: Vídeo-aula "Ácidos Nucléicos"
EducaBahia

Ácidos nucléicos são macromoléculas presentes em todos os seres vivos. São denominadas de macromoléculas porque apresentam um grande peso molecular. Essas macromoléculas são formadas por unidades que se repetem chamadas nucleotídeos. Os nucleotídeos, por sua vez, são formados por três componentes básicos: Um fosfato, um açúcar e uma base nitrogenada.
Invariavelmente, em todos os ácidos nucléicos, o fosfato sempre terá a mesma composição química: PO4 (3-).
O açúcar pode ser uma desoxirribose presente no DNA ou uma ribose presente no RNA.

As bases nitrogenadas são divididas em dois grupos:
Grupo das Bases Úricas ou Purinas:
Apresentam dois anéis carbônicos (Adenina ou Guanina)
Grupo das Bases Pirimidinas ou Pirimídicas:
Timinas, Citosila e Uracila (Uracil)

DNA ou RNA (ácidos nucléicos)
O DNA é uma macromolécula de fita dupla. Essas fitas são antiparalelas e complementares. São complementares porque todo núcleotídeo tem seu par. Exemplo:
Toda vez que tivermos a adenina de um lado dessa fita dupla, do outro, formando ligação, teremos a timina. Toda vez que tivermos a guanina teremos ligando a citosina. Portanto, em uma molécula de DNA a quantidade de adenina será igual à quantidade da timina e a quantidade de guanina será igual à de citosina. A isso damos o nome de "Regra de Chargaff".
Sequências específicas desses nucleotídeos (monômeros) dá-se o nome de gene.
Um gene é responsável pela caracterização de uma particularidade na célula.
O DNA (conjuntos de genes) tem uma particularidade também. Através de enzimas específicas, tem a capacidade de se replicar. Essa replicação acontece em uma determinada fase de vida da célula chamada de "interfase". Para sermos mais específicos, na fase "S" (Síntese) e essa replicação do DNA é a base da hereditariedade, pois, nesse processo, o DNA dá origem a duas novas moléculas conservando metade da molécula mãe. Esse processo é chamado de "replicação semi-conservativa".
Jamais esqueça que o DNA é a molécula informacional. É a molécula que detém, que possui, que tem a capacidade de caracterizar tudo e qualquer particularidade de nosso corpo, do nosso organismo e de qualquer e todos os seres-vivos. O DNA é a molécula mestra. É ela que é responsável pela caracterização do mundo vivo.
Um outro ácido nucléico, também importante para a expressão da característica é o ácido ribonucléico (RNA) que, diferentemente do DNA, apresenta uma única fita de nucleotídeos. Por isso dá-se o nome de ácido nucléico de fita simples.

Lembrando que DNA é chamado de ácido desoxirribonucléico e o RNA é chamado de ácido ribonucléico. Ambos são ácidos nucléicos, ou seja, são macromoléculas constituídas por nucleotídeos que formam genes que caracteizam os seres vivos.

Transcrição Nucléica
Outras diferenças são observadas no RNA em comparação com o DNA. Por exemplo, há uracila no lugar da tinina e o açúcar é uma ribose ao invés da desoxirribose. Todo RNA, sem excessão é formado do DNA através de um processo chamado de transcrição que envolve enzimas específicas denominadas de RNA Polimerase. Essa trancrição, em todos as células eucarióticas, ocorre no interior do núcleo. Já em células procarióticas como as células de cianofíceas (algas) e bactérias, esse processo de transcrição, esse processo de síntese de RNA acontece no citoplasma.

É importante observar que há três RNAs básicos: RNA Mensageiro, RNA Ribossômico e RNA Transportador.
RNA mensageiro (RNAm): O RNA mensageiro é o RNA que tem a mensagem. É aquele que possui as informações para a síntese protéica, para tradução. Ele é formado a partir da informação nucleotídica da molécula mestra, do DNA.
RNA ribossômico: Participa da construção do ribossomo, organela inprescindível para o processo de tradução.
RNA transportador: Transporta os aminoácidos de maneira específica para o processo de tradução.

Splicing, o que é?
Diante disso tudo, é importante ressaltar que, para a formação do RNA mensageiro nas células eucarióticas há um processo importantíssimo denominado "splicing". Ele desempenha a função de retirar partes inativas do RNAm para torná-lo maduro. Como isso acontecesse?
No processo de transcrição em eucariontes (células com material genético no núcleo) para a formação do RNAm, anteriormente é formado um RNA heterogênio. Possui esse nome por possuir regiões (partes) inativas chamadas de "intros" e regiões ativas chamadas de "exons". Não é possível que o RNA heterogênio seja colocado no citoplasma celular para formar uma proteínas porque possuem regiões inativas e inativas juntas, se não a proteína seria sintetizada com defeito ou simplesmente não haveria sintetização alguma de proteína.
As regiões intrônicas são retiradas por enzimas especiais, que são moléculas de RNA chamadas de ribozimas. Quando ocorre o "splicing", ou seja, quando ocorre a retirada dos "intros" ficam apenas os "exons" e assim surge o RNAm maduro que segue para o citoplasma, se liga aos ribossomos, forma-se os polissomos e começa finalmente a síntese protéica. Em seguida o RNA transportador chega ao sítio P (local P) específico do ribossomo e deposita o primeiro aminoácido, a metionina, então se processa a tradução.

Diferenças entre DNA e RNA
As diferenças básicas entre DNA e RNA são extremamente exploradas.
  • O DNA possui duas fitas de nucleotídeos e o RNA apenas uma.
  • O processo de duplicação do DNA é chamado de Replicação já o RNA não se replica e é formado através da transcrição por ação de enzimas.
  • O DNA possui timina e no RNA a uracila é o seu equivalente.
  • O açúcar do DNA é a desoxirribose e o açúcar do RNA é a ribose.
Porém não há diferença entre os dois quando você analisa fosfatos e bases púricas.
Tanto o DNA quanto o RNA possuem bases púricas (purinas), ou seja, adenina e guanina.

Um comentário:

Erica Vasconcelos disse...

adorei o banner que inrterage com a setinha do mouse, e o conteudo bem esclarecedor, obg por compartilhar.