1- Uma carapaça externa feita de proteínas, denominada capsídeo
2- Dentro do capsídeo há uma única molécula chamada de ácido nucléico que pode ser DNA ou RNA em geral, nunca os dois.
Entretanto, recentemente descobriu-se a existência de um vírus, denominado de citamegalovírus que possui simultaneamente DNA e RNA. Porém, trata-se de uma exceção. Em geral, podemos definir que um vírus é uma molécula de ácido nucléico DNA ou RNA envolto por um pacote de proteínas.
Paradoxalmente, embora os vírus sejam tão simples, eles são os nossos maiores inimigos. São os maiores inimigos da nossa espécie, causando uma enorme variedade de doenças como, por exemplo, a gripe, a poliomielite ou a hidrofobia, mais conhecida como raiva. As doenças típicas da infância como a catapora, o sarampo, a rubéola e várias outras como a herpes, a AIDS é claro. E hoje em dia as tão importantes dengue e febre amarela que constituem-se em importantes epidemias em nosso país.
Agora precisamos primeiro estudar os vírus com mais profundidade e destacar suas principais características que são as seguintes:
1- Vírus são organismos acelulares, ou seja, não apresentam uma organização celular. Não são formados, não são constituídos por células como todos os outros organismos do mundo vivo.
2- Como os vírus não são constituídos por células, eles também não apresentam metabolismo próprio. Eles são incapazes de gerar ATP, são incapazes de gerar energia por sí próprios. Não apresentam a capacidade de sintetizar proteínas. Não podem apresentar reprodução independente. Ou seja, eles são incapazes de gerar as reações químicas importantes e necessárias á sobrevivência.
Mas então como os vírus existem em abundância?
Como os vírus são desprovidos de metabolismo, não podem manter a sua capacidade reprodutiva quando isolados. Os vírus só podem se reproduzir e só podem manifestar características de vida quando penetram em células que são hospedeiras. Portanto, são parasitas intracelulares obrigatórios. Sendo assim, os vírus só se reproduzem dentro de células vivas e ao se reproduzirem dentro das células eles geralmente acabam determinando a morte celular. Consequentemente podemos considerar os vírus como verdadeiros piratas celulares.Verdadeiros assassinos de células que, na verdade, migram de uma célula para outra causando a destruição delas.
Devido a essa capacidade de destruir células ao se reproduziram, os viros se tornam os principais causadores de patogenias (doenças), uma vez, é claro, todos os seres vivos, animais, vegetais e o ser humano são constituídos po células.
Tipos de vírus
É importante frizar que os vírus são parasitas altamente específicos. Isso quer dizer, que um vírus, ao penetra no corpo de um animal ou vegetal como, por exemplo, no corpo de um ser humano, ele não ataca ao invadir o primeiro tipo de célula que encontra pela frente. Os vírus são específicos. Cada tipo de vírus atacam um determinado número de tipos de células ou de alguns poucos tipos. Por exemplo:Vírus da Gripe - Parasita das células do aparelho respiratório.
Vírus da hepatite - Parasita das células do fígado.
Vírus da poliomielite - Células nervosas.
É a isso que demos o nome de "especifidade viral".
Vale lembrar que os vírus, como organismos patogênicos, devem ser combatidos, mas ao contrário do que muitas pessoas pensam, o uso dos antibióticos não é eficaz contra as doenças virais. Os antibióticos são eficazes sim, contra bactérias e não contra os vírus. A principal defesa que temos contra o vírus é exatamente a vacina. Porém não é uma ação curativa e sim preventiva. É mais importante e facil prevenir as doenças virais do que curá-las.
Reprodução viral
Os vírus são seres simples, minúsculos e somente visíveis ao microscópio eletrônico. É importante compeender como eles se reproduzem dentro da célula. Podemos admitir que os vírus possuem dois tipos de ciclos reprodutivos:1- Ciclo Lítico: O vírus penetra na celula, reproduz-se dentro dela e acaba por provocar a morte dessa célula hospedeira. A "lise" da célula, uma palavra que também tem origem do grego e significa "destruição" ou "quebra". Então a célula é lisada, é destruída após a reprodução do vírus. Esse é o chamado ciclo lítico.
2- Ciclo Lisogênico: Ao contrário do cíclo lítico, o ciclo lisogênico é quando o vírus adentra a célula, porém geralmente não causa sua morte. Não causa a lise celular. Nesse caso o material genético do vírus se incorpora ao material genético da célula e quando ela se reproduz, esse material infectado também é transmitido para as células filhas, as células das próximas gerações.
Retrovírus
Como já foi informado, os vírus possuem DNA ou RNA, Existe um grupo de vírus constituídos de RNA muito importante para os vestibulares, para o ENEM ou outras provas que um estudante possa enfrentar hoje ou futuramente. Esse vírus é chamado de "Retrovírus".O que é um retrovírus? É um vírus cujo material genético é RNA. No entanto, não significa que o vírus que possui RNA seja um retrovírus. Além do RNA o vírus deve conter em seu equipamento uma enzima denominada "Transcriptase Reversa". Essa enzima, permite que o vírus produza DNA a partir do RNA que compôe o seu genoma (material genético), o que nós chamamos "transcrição reversa".
Então o vírus denominado "retrovírus" é composto por RNA em seu material genético e a enzima "transcptase genética" que permite, a partir do RNA, a produção de DNA. Um exemplo importante é o vírus do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), o vírus causador da AIDS. Esse é um tipo de retrovírus.
Além disso, os retrovíus como o HIV, também possuem, além do capsídeo (aquela carapaça externa formada por proteínas), um envelope lipoprotéico semelhante à membrana plasmática das células. Mas esse envelope lipoprotéico que existe no HIV e outros retrovírus, não é produzido pelo próprio vírus. Não pertence naturalmente ao vírus. Na verdade esse vírus rouba da célula hospedeira ao se destacar, ao se libertar dessa célula
Resumindo: Existem os vírus de DNA, os vírus de RNA e os chamados Retrovírus que são vírus de RNA que contém a enzima "transcriptase genética". Há uma grande importância na medicina dos vírus como organismos patogênicos. Para reforçar isso, vale lembrar que, em 1918, final da Primeira Guerra Mundial, ocorreu a gripe espanhola, que foi responsável por mais de 20 milhões de mortes em todo o mundo. Se fizermos uma comparação, durante toda a Primeira Guerra Mundial, morreram cerca de 17 milhões de pessoas e a gripe espanhola matou mais de 30 milhões de pessoas em apenas 2 anos. Ou seja, um único organismo, tão simples, foi capaz de causar uma pandemia tão grave.
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