A vida do Ser Humano
Do início ao fim
Por:
Reginaldo Ferrão
Óvulo e Espermatozoides – Fecundação Humana
O espermatozoide
é a célula reprodutiva masculina, também chamada de “gameta masculino”, que possui
uma parte do código genético para a formação de uma vida. Supõe-se que tenha
surgido a cerca de 500 milhões de anos e ainda possui traços genéticos
inalterados desde então. Composto por três partes básicas: A “cabeça”,
onde se situa o código genético, a “cauda” (flagelo) que permite sua locomoção
rumo ao ovócito da mulher e uma substância presente no topo da cabeça chamada
de “acrossoma”
que são enzimas que ajudarão a entrada no ovócito
e possui uma combinação específica da espécie, ou seja, só haverá fecundação se
o acrossoma for da mesma espécie do ovócito (salvo raras exceções). O ovócito
possui a outra metade do código genético além da mitocôndria que é algo exclusivo
da herança materna. Vale ressaltar que o
termo “óvulo”, que todos gostam de pronunciar é, na verdade, o ovócito
fecundado pelo espermatozoide. Tecnicamente é a partir desse ponto que ele pode
ser designado como óvulo.
O meio mais
usual de fertilização de um ovócito, ou seja, de uma gravidez, se dá através do
ato sexual em
si. Porém atualmente já contamos com fertilização in vitro
onde espermatozoides são colocados ao lado dos ovócitos para fecundá-los
e depois o pré-embrião é colocado no útero. Contamos também com uma técnica
mais avançada chamada de injeção intracitoplasmática onde o
espermatozoide é injetado no ovócito. Além de tudo contamos também com a
técnica de inseminação
artificial. Então os meios de atingir a gravidez são bem
diversificados hoje em dia e poderá progredir ainda mais com novas técnicas
criadas pela engenharia médica. Experimentos mais surpreendentes são realizados
com manipulação
de cromossomos que podem gerar
filhos sem a participação de um homem. Mas isso é um assunto delicado que as
leis éticas atuais não permitem.
Além das
diferentes técnicas de fecundação, seja natural ou artificial, ainda há a
possibilidade de uma gravidez natural resultar em mais de um filho. Isso
acontece, na maior parte dos casos, por causa da presença de dois ovócitos
maduros (ovócito secundário) esperando nas trompas do órgão sexual feminino e
cada um é fecundado por um espermatozoide diferente gerando gêmeos
fraternos que são geneticamente diferentes. Ocorre também de um
óvulo se dividir em dois zigotos gerando dois filhos que serão gêmeos
idênticos com mesmo DNA.
No entanto
há um terceiro e raro caso descoberto mais recentemente, onde um único óvulo
recebe dois espermatozoides. Na maioria dos casos o óvulo não se desenvolve e
quando desenvolve geram gêmeos semi-idênticos, pois possuem 100% do DNA materno e apenas 50% do DNA paterno.
Infelizmente, nesse caso, os filhos semi-idênticos podem apresentar problemas
de má-formação como o que ocorreu com os gêmeos semi-idênticos na década de 90
quando um deles nasceu hermafrodito, foi nessa ocasião que descobriram uma
terceira forma de gerar irmãos gêmeos.
O nome “óvulo”
se destina somente ao ovócito que já recebeu o material genético do
espermatozoide, ou seja, que foi fecundado e, eticamente, se for
destruído ocorrerá um aborto. Enquanto o
ovócito é a maior
célula do corpo humano, o espermatozoide é a menor das células, podendo ser
produzidos aos milhões por dia. Mas, na grande maioria dos casos, apenas um
espermatozoide chegará primeiro ao ovócito fecundando-o e tornando-o um óvulo que
se fechará aos outros graças a um mecanismo de defesa que fecha a membrana
celular impedindo a entrada de um segundo espermatozoide. A membrana mais
externa do gameta
feminino (ovócito) é aberta pelo
acrossoma do gameta
masculino (espermatozoide) e quando
ele entra sua membrana se funde com a do ovócito originando uma nova membrana.
Mas não é
qualquer ovócito que a mulher produz que será fecundado. A mulher produz
ovócitos mesmo antes de nascer, por volta do terceiro mês de vida intrauterina.
Os primeiros ovócitos são imaturos e chamados de ovócitos primários, uma mulher
recém-nascida tem cerca de 400 mil desses em seus ovários. Durante a puberdade,
a mulher passa a ter menstruação (menarca) e o ovócito primário se divide
gerando dois novos ovócitos, um deles é estéril (glóbulo polar) e será eliminado
pelo organismo. O outro é o ovócito secundário
que será enviado do folículo para as trompas onde
aguardará uma possível fecundação do gameta feminino com o masculino e em
seguida se dirigir ao útero.
Os espermatozoides
são protegidos pelo liquido seminal (90% do esperma). Mas no interior da vagina
existem substâncias ácidas para combater os germes. Tais substâncias também
matam boa parte dos espermatozoides. Próximo às trompas
a situação é mais favorável e a locomoção ocorrerá com mais liberdade
com a ajuda do líquido seminal e de líquidos lubrificantes a base de cálcio da própria vagina além de pequenas contrações do
canal vaginal. Das centenas de milhões de espermatozoides, apenas algumas
centenas chegarão ao destino.
Nas trompas,
chamadas de Trompas
de Falópio, estão células com cílios que impedem que boa parte dos
espermatozoides vindos do útero chegue ao ovócito que lá está maduro e
aguardando (ou ovócitos, dependendo do caso). Mas devido à imensa quantidade de
espermatozoides do sêmen alguns chegam lá. Dizem que o espermatozoide mais
rápido é o melhor geneticamente, mas ainda são necessários estudos mais
precisos para se comprovar tal afirmação, uma vez que os espermatozoides não se
movimentam em linha reta e são estimulados por fatores externos.
Os Primeiros Anos de Vida
A gravidez humana
pode durar 42 semanas ou mais. O bebê quando nasce sofre uma alta carga de adrenalina,
semelhante à de um ataque cardíaco para ajudar na sobrevivência. Após o parto os
pulmões do bebê respiram pela primeira vez, mas ele ainda está cheiro de líquido
amniótico. Nesse instante e o bebê corre o risco de morrer afogado se o pulmão
não entrar em funcionamento logo. Por isso ocorre um espasmo espontâneo nos
músculos da respiração. Ao nascer o bebê sente frio e ao respirar sente dor. Por
isso chora logo que nasce. Caso contrário o médico dá as famosas palmadas para
estimular seu choro que é algo importantíssimo no nascimento e ajuda o bebê a
respirar pela primeira vez.
O ar entra
pela traqueia e chega aos pulmões. Lá o ar atinge os brônquios, depois
os bronquíolos. Em seguida o ar chega aos alvéolos pulmonares (são cerca de 30
milhões de alvéolos pulmonares) e finalmente chega ao sangue com oxigênio que
será levado para abastecer as células do corpo que devolvem, em troca, o gás
carbônico.
Seus órgãos
precisam se adaptar novo ambiente em que viverá o resto de sua vida: O ambiente
externo, cheio em adversidades naturais como variações de temperaturas e
microrganismos. É um momento de total atenção dos pais.
Agora seu coração
trabalha dobrado para aquecer o sangue que se esfria com mais facilidade. Duas
aberturas no coração que o bebê usou durante a vida intrauterina para desviar o
oxigênio vindo da mãe pelo cordão umbilical serão fechadas para sempre. Seu
coração receberá oxigênio dos seus próprios pulmões que segue caminhos e
aberturas diferentes como a aorta que é a principal artéria do corpo
humano que se divide em diversas outras levando o sangue através de milhares de
vasos sanguíneos para aquecer o corpo e alimentar as células.
Com alguns
dias de vida, tudo o que fazemos é por instinto, até mamar. O leite materno é
rico em vitaminas e glóbulos brancos que
serão bem vindos pelo corpo do bebê que ainda não possui defesa imunológica
completa. Apenas leite materno deve ser servido até os seis meses de idade
porque possui todos os nutrientes que a criança precisará. Além disso, é uma
recomendação da Organização Mundial da Saúde.
O fígado
realiza mais de 500 funções como eliminação de toxinas e produção de calor. No
recém-nascido o fígado chega a representar 5% do peso total do corpo o
suficiente para ser identificado visualmente através do volume formado próximo
ao final das costelas. Seu tamanho vai diminuindo proporcionalmente ao longo da
vida.
O rim procura manter o balanço entre o volume de água
para abastecer as células e a quantidade que deve ser eliminada na urina. Uma
curiosidade é que um dos rins fica um pouco mais inferior que o outro e ambos
estão próximos à coluna vertebral, por isso em alguns casos de cólica renal é
comum o paciente se queixar de dor nas costas.
O intestino
está repleto de células mortas e de líquido amniótico ingerido que gerarão uma
substância escura esverdeada chamada de mecônio que se constitui nas primeiras fezes
do bebê após nascer. Caso o bebê elimine
essa substância corrosiva ainda na barriga da mãe é necessário cuidado
redobrado na hora do parto para que a criança não aspire ou inale o líquido
amniótico. Por isso exames logo após o nascimento são importantes para garantir
que nada foi ingerido ou inalado. Em alguns povos de antigamente, jogar a
fralda com o mecônio do recém-nascido sobre o telhado da casa da mãe era uma superstição
que atraia saúde para o bebê. Os primeiros goles de leite aceleram a excreção
do mecônio.
A digestão
começa na boca. A saliva representa um papel muito importante
conferindo aos alimentos uma prévia dissolução e lubrificação para chegar até o
estômago onde receberá outras substâncias para a digestão e assim percorrer
todo o intestino. Desde o momento em que
o alimento desce pela boca adentro, existe um movimento involuntário chamado de
“movimento
peristáltico” que ajuda a empurrar o bolo alimentar para frente, por
isso é possível comer até de cabeça para baixo. Peristaltismo também é o nome
que se dá aos movimentos involuntários de todo o corpo humano, inclusive das
cãibras.
O estômago
possui músculos que se contraem para ajudar na tritura dos alimentos com a
ajuda de sucos gástricos que são muito ácidos e possuem enzimas para digerir as
proteínas.
Para se proteger o estômago possui um revestimento (mucosa) bem resistente. Caso não
seja, ocorrem as populares úlceras.
Camadas de muco são frequentemente renovadas para dar conta do recado.
Após uma
hora no estômago, o alimento é enviado ao intestino delgado (fino).
Sua primeira porção é chamada de duodeno, onde serão absorvidos os principais
nutrientes. Agora o alimento não se chama mais “bolo alimentar” e sim “quino”
e após ser processado pelo intestino é “quilo”. Ainda no intestino delgado, é liberada
uma substância pelo pâncreas que neutraliza os ácidos do estômago. O fígado
também entra em ação liberando a bílis, uma substância amarelada que ajudará na
digestão da gordura.
Nas paredes
internas dos intestinos existem milhões de pequenas vesículas que aumentam a
área de absorção de nutrientes que ocorrerá em cerca de 1 hora e meia. Para
passar para o intestino grosso há uma válvula por onde o alimento, já quase
completamente digerido, passa. Sua
função é impedir que o quino volte ao sentido inverso. A principal função do intestino grosso é absorver água.
No final o que sobra são restos alimentares, células mortas e bilhões de
bactérias. Os restos de alimentos possuem cadeias de carboidratos que ainda não
foram digeridas e as bactérias tem a função de quebra-las ajudando na digestão final. Todo esse processo leva cerca de 12 horas.
O corpo
humano é uma máquina microscopicamente desenhada, seus órgãos possuem bilhões
de células que
trabalham em harmonia. Para cada órgão há um tipo de célula específica que
possuem funções e até formatos bem diferentes umas das outras. Dentro de cada célula, a unidade fundamental
da vida, possui uma organização perfeita que ditam as regras da atividade que
devem desempenhar interagindo com outras células ao redor ou até enviando
informações a outras células bem longe através de hormônios.
No interior
do núcleo celular está guardado o nosso DNA que possui as instruções para definir a
vida, suas características e até o momento em que os órgãos começam a falhar
nos levando à morte. Mas o DNA não é
tudo, há também fatores externos que
influenciam nossa saúde como micro-organismos (bactérias,
vírus, protozoários ou fungos), agentes químicos, radioativos e até mesmo a
relação que teremos com as pessoas do meio ambiente em que vivemos.
Em toda
parte existem bactérias potencialmente mortais. Estima-se que em nosso corpo
existam 10
vezes mais bactérias do que células do próprio corpo. Vale lembrar
que uma bactéria é ser vivo unicelular, que possui uma única célula, porém
muito menor que a célula humana, mas que pode causar muitos males à saúde. A pela sofre ataque constante desses
micro-organismos. O sistema imunológico do recém-nascido ainda não tem forças para vencer
essa invasão. Por isso a importância da amamentação com anticorpos a partir do
leite materno até que sua imunidade amadureça os mantendo saudáveis.
Desenvolvimento dos Sentidos
Visão:
Algumas
percepções já estão bem desenvolvidas ao nascermos. No entanto enxergamos mal.
O mundo está embaçado e sem cores. Mesmo
antes de nascer já existem impulsos visuais causados geneticamente, mesmo sem
estímulos luminosos. Após o nascimento o bebê não consegue enxergar mais do que
30 centímetros a sua frente e essa distância vai aumentando ao decorrer do
tempo chegando a alguns metros após os primeiros meses. É como se o bebê
nascesse míope. As células nervosas no centro da retina se desenvolvem
rapidamente assim como o córtex visual no
cérebro. Mas até lá o bebê ainda não enxerga colorido, segundo os estudos.
A retina está
repleta de cones
e bastonetes,
células especializadas em transformar luz em sinais elétricos. Os cones,
encarregados de detectar as cores ainda estão imaturos por isso o recém-nascido
enxerga tudo em branco e preto. Da retina, os sinais caminham pelos nervos óticos e são enviados para a parte de trás do cérebro onde
as imagens recebidas serão processadas. Enxergamos com o cérebro e não com os
olhos. Quando as imagens chegam ao cérebro surge outro desafio: Como identificar
os dados com o sistema nervoso ainda imaturo?
Mas o progresso é rápido, aos dois meses conseguimos distinguir cores e
sombras. Aos quatro meses identificamos as faces e aos oito nossa visão está
completa.
Talvez a maior
mudança ocorra na cor dos olhos. Quando nascemos eles estão azulados.
Gradualmente a íris,
a “menina-dos-olhos”, começa a produzir pigmentos que a escurece. O padrão de
deposição desse pigmento varia tanto que se torna uma característica individual
única, como se fosse uma impressão digital. Sua cor muda novamente em torno dos
40 e 50 anos com o acúmulo de lipídios evidenciando o envelhecimento dos olhos.
Há casos de mudança na cor da íris em jovens que é o resultado de alto índice
de colesterol no organismo.
Olfato:
As
percepções do bebê são estimuladas ao máximo e seu cérebro cheio de neurônios
ávidos por processamento através das informações enviadas pela audição, visão,
olfato, paladar e tato. O bebê aprende a
identificar a mãe através do cheiro. No interior do nariz, nervos olfativos recebem as correntes de ar que respiramos. O ar
inspirado está repleto de moléculas de cheiro liberadas no ambiente
externo que são captadas pelos nervos olfativos, são convertidas em sinais
elétricos que são enviados ao
cérebro que os interpreta como aromas e dão a sensação olfativa.
Pode parecer
que não, mas o olfato do ser humano está muito ligado às emoções. Tanto é que a
região cerebral responsável pelo cheiro, o rinencéfalo, possui uma
integração com as células límbicas. Por isso que uma pessoa que
perde sua capacidade de sentir cheiros tem uma deficiência emocional notável. O
cérebro, ao detectar o cheiro, toma uma decisão binária, ou gosta ou não gosta
dele. Os prazeres em comer, fazer amor ou caminhar num bosque são estimulados
pelos aromas e a redução do olfato também reduzem certas emoções.
O olfato
permite memorizar
melhor algum acontecimento que tenha envolvido um odor. Ao sentir tal cheiro
novamente, rapidamente reconhecemos o cheiro que nos leva a lembrar de tal
acontecimento. Além disso, uma experiência com um cheiro desagradável pode
criar uma aversão a algo que pode estar associado com o cheiro, mas que esteve
presente na ocasião. O cheiro cria uma memória fortemente relacionada.
Audição:
O ouvido
humano, mais recentemente denominado como orelha, é composto pelo pavilhão da orelha (a orelha mesmo, popularmente chamada) o meato acústico (canal do ouvido), o tímpano (que capta as
frequências de som), a orelha média e
a orelha
interna onde estão as peças mais
importantes e frágeis da audição. Ao
nascemos, a audição está em sua melhor fase. Está melhor do que em qualquer
outra fase da vida porque o ouvido humano não evolui e nem se restaura. Pelo
contrário, vai perdendo capacidade ao longo do tempo. É por isso que os bebês
são mais atraídos por barulhos nos primeiros meses de vida.
As vibrações
sonoras recebidas pelo tímpano orelha são enviadas ao ouvido médio que possui
os três menores ossos do nosso corpo chamados de Bigorna, Martelo e Estribo. Suas
funções é amplificar
em até 22 vezes as ondas sonoras através dos ossículos que se comportam como um
sistema de alavancas e transferi-las para o ouvido interno onde há pequenos
canais em forma de caracol (a cóclea). Na cóclea, em suas paredes internas,
está uma infinidade de pequenos cílios que se movem estimulados pelas ondas
sonoras.
Com o passar
do tempo sons mais agudos danificarão progressivamente os cílios que irão
perdendo sua capacidade de captar as ondas e não haverá volta. Uma vez os
cílios danificados eles se tornam inúteis e o organismo não os conserta. Na
cóclea há também o labirinto. Dentro estão três alças semicirculares
dispostos em posições diferentes onde percorre um líquido em seu interior.
Tal líquido,
ao se movimentar, acionam pequenos cílios (semelhante aos cílios da audição)
que também enviam sinais ao cérebro indicando sua orientação no espaço. Cada
canal está em um plano dando a capacidade de equilíbrio ao corpo humano e a
possibilidade de sabermos em que posição nós estamos em relação à força da
gravidade. O bebê precisará desse
incrível sistema de equilíbrio para aprender a andar. E isso ocorrerá de forma
bastante instintiva.
Tato:
Aos oito
meses nossos sentidos estão todos bem desenvolvidos e o sentido mais usado
nesse momento é o tato. O tato é um dos cinco sentidos humanos proposto por Aristóteles
a mais de 2.300 anos. É um sentido que nos permite identificar texturas, localização espacial,
temperaturas e dor. Além da pele, o labirinto (localizado na cóclea que nos
permite o equilíbrio) e as medulas também fazem parte do sistema tátil.
Porém pode haver até oito divisões táteis com sensores diferentes para frio e
calor, tensões e pressões. Um exemplo é a pressão exercida pelo estômago cheio
causando a produção de hormônios da ansiedade.
Se uma
pessoa é cega, então o tato passa a ser o sentido mais importante para ele que
usará bengalas e escritas em braile. Até mesmo outros animais possuem uma forma
desenvolvida de tato na falta da visão como longos bigodes e antenas e até eco
localização como nos morcegos. Estudos revelaram que os cegos podem desenhar
relativamente bem e seus desenhos mostram que sua percepção tátil é quase tão
boa quanto a visão, ficando apenas sem cores e profundidade. Quando tocamos um
objeto, receptores
localizados sobre a pele enviam sinais elétricos através
dos nervos
sensitivos que caminham pelos
braços, passam pela medula espinhal e
chegam até o cérebro.
Os impulsos
elétricos do tato se movimentam a uma velocidade de 320 km/h. Temos sensores
nervosos espalhados pela pele inteira, sendo as mãos, a face e a boca os locais
mais sensíveis. Temos nove mil
receptores apenas na língua. É por isso que os recém-nascidos usam a boca para
explorarem os objetos ao seu redor. A pele é nosso maior órgão sensorial além
de ser o maior de todo o corpo. Nela estão espalhados corpúsculos que detectam
pressão, calor, frio o simples tato leve. Porém não detectam dor. A dor é
detectada por terminais nervosos livres.
Talvez a
melhor característica do tato seja seu efeito psicológico. Desde o nascimento estamos
usando este sentido de forma espontânea ou proposital. O bebê precisa de um
abraço materno para seu desenvolvimento psicológico e físico assim como sua
falta pode gerar um indivíduo indiferente à sociedade. O ser humano aproveita
da técnica da satisfação tátil quando, propositalmente, encosta sua mão no
ombro de seus clientes em potencial ou oferece uma cadeira com mais conforto.
Tais técnicas são usadas há muito tempo e foram comprovadamente estudadas resultando
em um lucro até 20% maior. Os garçons que o digam.
Paladar:
Paladar ou
gustação é o sentido capaz de reconhecer sabores de alimentos colocados na
língua e sua função é complementada pelo cheiro liberado até os nervos
olfativos. Por isso o olfato e paladar trabalham juntos na degustação de
alimentos. As papilas
gustativas são os sensores
responsáveis por captar substâncias com gostos diferentes e enviar sinais
elétricos ao cérebro para processar então se o alimento é neutro (como a água),
saboroso ou não. Por consenso
reconhecemos com o paladar cinco gostos básicos: Amargo, azedo, doce, salgado e um que quase ninguém sabe:
O umani,
que foi reconhecido somente em 1985. O umani é o sabor de glutamatos e
nucleotídeos considerados como sabores mais saborosos.
O ser humano
também possui o paladar subdesenvolvido ao nascer porque sempre se alimentou de
leite materno nos primeiros meses sendo desnecessário seu melhor rendimento tão
cedo. Uma coisa já dita antes, mas que convém relembrar: Bebês adoram explorar
o mundo através da boca, seja em amamentar o enfiar objetos na boca para
experimentá-los e não é por menos, através da boca eles sentem os objetos pelo
tato e pelo paladar. Eles estão na “fase oral”
e é natural que eles levem os dedos à boca.
Estudos
americanos descobriram uma determinada proteína presente nas papilas gustativas e
verificaram que ela é responsável pela melhor aceitação do gosto amargo pelo
paladar. Pais que tenham poucas dessas proteínas transferem para seus filhos sua
genética, e com ela a carência dessa proteína. Se os pais tem aversão pelo
amargo, o filho provavelmente também terá. Esse estudo que também
avaliou o hábito alimentar da mãe, mas não há provas de que o sabor dos
alimentos da mãe possa ser passado ao feto com as mesmas características
iniciais. O que se sabe atualmente é que genética, primeiros alimentos na
infância e cultura são os fatores principais que definirão o habito
alimentar de um novo indivíduo
humano.
A Linguagem Humana
Ao contrário
dos outros animais, nós humanos levamos um ano ou mais para aprender a andar
além de nascermos com deficiência visual. Porém nascemos com uma capacidade
incrível de aprender sobre tudo e com cordas vocais evoluídas.
Juntando os dois temos uma grande vantagem evolutiva. Aprendemos a falar e
transmitir ideias através da comunicação vocal. O ser humano começa a falar com
um ano de idade e seu vocabulário aumenta muito. Tanto que aos dois anos de
idade aprendemos cerca de 10 palavras novas por dia.
A região do
cérebro responsável pela linguagem é chamada de “Área de Broca” (pronuncia-se
“brocá”). Foi descoberta a mais de 150 anos pelo cientista francês Paul Broca estudando o cérebro humano de pessoas com
dificuldade de fala. Por meio da Área de
Broca criamos sentenças e expressamos pensamentos complexos.
Na laringe estão nossas cordas vocais que vibram
em contato com o ar devidamente controlado oriundo dos pulmões. A língua, os dentes, o céu-da-boca, o palato,
os lábios
e a própria mandíbula
ajudam a enriquecer a linguagem através de movimentos específicos.
O Cérebro e o Aprendizado
Nosso
cérebro vai sendo abastecido de informações através do sentido ao longo dos
anos, mas não bastam muitos para criamos nossas próprias perguntas sobre o
mundo e sobre nós mesmo. Temos agora consciência da nossa identidade e individualidade.
Aprendemos a pensar por nós mesmos. Aprendemos cada vez mais cedo para atender
as exigências do mundo atual. Além disso, nossa alimentação rica em vitaminas e
proteínas nunca foi tão boa ao longo da história humana e junto com a educação
rica em conhecimentos acumulados aumentam as fronteiras da curiosidade humana.
Formamos
memórias na infância que nos acompanharão por toda a vida. Aos 5 anos de idade
estamos em uma fase incomparável. Somos mamíferos com uma longa fase de
iniciação para a vida. Os cachorros, por exemplo, no mesmo período equivalente
já estão se reproduzindo completamente aptos para a vida. O ser humana leva
mais tempo para atingir a fase reprodutiva, mas isso não é preocupante. Na verdade
temos mais tempo para aprender e a sua infância é totalmente voltada para o
aprendizado.
Há uma
cronologia aceita cientificamente hoje para as primeiras etapas de vida do ser
humano. Muito até aqui se informou sobre bebês e recém-nascidos. Por consenso,
o ser humano é considerado recém-nascido até
completar um mês de idade. Até os 18 meses é considerado bebê. Dos dezoitos meses até aos 12 anos é definido
como criança.
A infância
é a soma de todos esses períodos juntos que são a base para a formação de
personalidade que, até se firmar, passará por uma série de mudanças
influenciadas pela genética, educação e cultura.
Nosso
cérebro possui mais de 100 bilhões de
neurônios que são estruturas nervosas responsáveis pela nossa inteligência e
consciência. Os neurônios se comunicam por impulsos elétricos de uma forma bem
elaborada inalcançável até então pelos computadores atuais. O cérebro é
responsável pelo uso de grande parte da energia gasta pelo corpo, recebe 25% do sangue bombeado
pelo coração para abastecê-lo de oxigênio e seu hemisfério esquerdo representa 98% das
atividades cerebrais responsável
pelo pensamento
lógico e comunicação.
Cada impulso
cerebral é uma fração de um pensamento ou memória. Todo impulso que
o cérebro recebe das percepções humanas renovam neurônios e criam conexões
novas. Todas as conexões existentes no cérebro não se ligam diretamente, ou
seja, os neurônios não se conectam solidamente, entre os neurônios há um espaço
vazio denominado sinapse onde ocorre a liberação de neurotransmissores, que são
substâncias produzidas pelos neurônios com finalidade de permitir a passagem de
informações entre os neurônios.
A memória é
a capacidade de adquirir,
armazenar
e recuperar
as informações seja no cérebro ou em dispositivos artificiais como a memória
RAM e ROM de computadores. Aprender é criar novas conexões entre os neurônios e
a repetição de ações permitem a memorização das ações. Quanto mais repetimos,
mais inesquecível se torna a memória que requer grande quantidade de energia,
mas infelizmente vai se deteriorando com o tempo. Na prática, memórias e
conhecimentos diferentes ajudam a criar ideias e permitem a tomada de decisões
no cotidiano humano.
Quando
precisamos nos lembrar de algo ativamos os mesmos neurônios da conexão criada antes.
Com as experiências da vida o cérebro vai se modificando desde a fase fetal. O córtex cerebral representa 80% da massa cinzenta cerebral e é
responsável por armazenar as informações do aprendizado o que nos torna capazes
de pensar, refletir, recordar, comunicar, adaptar às novas situações e planejar
o futuro. Segundo alguns estudiosos, a
formação completa do lado racional do cérebro, responsável pelo aprendizado, se
desenvolve completamente por volta dos sete ou oito anos de idade. É a fase
chamada de maturidade
cerebral.
Ferimentos na Infância
A infância é
a melhor época do aprendizado porque está construindo conexões o tempo todo. Não
só na sala de aula que ocorre sua educação, mas em todas as suas atividades. Se
machucar é comum por viver experiências novas. Assim que a pele é machucada o
organismo entra em ação para restaurá-la. A vitamina envolvida nesse processo é
a vitamina K
encontrada em alimentos ou produzida no intestino pelas bactérias da digestão.
Além de ajudar a parar sangramentos, ela ajuda na formação dos ossos e
fortalecimentos dos cabelos de todo o corpo. Sua falta gera acúmulo de cálcio
no sangue e hemorragias incontroladas.
O ferimento
tratado pelo próprio organismo envolve vários agentes do organismo. Além da
vitamina K, entram em ação as plaquetas sanguíneas e as fibrinas que funcionarão como
blocos na saída do sangue em ferimentos diminuindo a hemorragia gradativamente
formando a famosa “casquinha” ou coágulo que, segundo os médicos, não deve ser
retirada para não atrasar o processo de cicatrização. Os glóbulos brancos combatem as
bactérias que se aventuram pelo machucado. Os restos de células mortas, tanto
de bactérias quanto a nossa própria são limpas por células especializadas
nisso, chamadas de “células macrófagas” que incorporam em si a
sujeira.
O leve
inchaço ou inflamação no local do ferimento é resultado do aumento da
circulação de sangue que leva consigo componentes para a restauração. Para
criar uma pele nova surgem os fibroblastos que são células ricas em colágeno
que dará liga à pele nova que terá uma tonalidade diferente da pele ao redor da
ferida justamente por ser uma pele nova. Essa diferença, tanto de textura é o
que chamamos de cicatriz.
A multiplicação celular na infância ocorre mais rapidamente para aumentar a
massa de todo o corpo além de manter as células novas o tempo inteiro, por isso
a cura dos ferimentos ocorrem melhor nessa fase da vida permitindo até mesmo a
eliminação permanente da cicatriz.
Doenças
Vírus e Bactérias
Conforme
vamos nos tornando mais velhos, ainda na juventude, nos relacionamos cada vez
com mais pessoas. É na escola onde conhecemos mais pessoas na juventude, mas
essa liberdade longe da proteção de casa nos coloca frente a frente com
microrganismos diferentes, vírus, fungos ou bactérias contagiosas que se proliferam pelo
ar ou pelo contato com utensílios usados por outras pessoas. Felizmente a maior
parte da ameaça é combatida por sistemas de defesa
do nosso corpo antes de alcançar nosso sangue. São os pelos do nariz,
a cera do
ouvido, as lágrimas, os cílios e até as sobrancelhas
que se encarregam de aprisionar os agentes infecciosos antes de causarem mal ao
nosso sistema biológico.
A pele
é a nossa maior defesa do mundo externo. Conforme as células são renovadas, as
escamas com células mortas são descartadas juntamente com as bactérias nocivas
à nossa saúde. Já a boca é mais vulnerável e contêm,
inevitavelmente, milhares de bactérias alojadas que, em outras regiões internas
do nosso corpo poderiam ser letais. Na boca não oferecem tanto risco por que
são combatidas pela saliva repleta de enzimas antibacterianas. Se as bactérias
estivessem em outro órgão como o coração, por exemplo, poderiam ser mortais.
O lado ruim
da estória é que alguns agentes infecciosos como os vírus, por exemplo, acabam
se infiltrando no nosso organismo e chegam ao sangue onde tem acesso direto a
todo o corpo humano. O vírus não é um ser vivo porque não contém organelas ou ribossomos e nem enzimas
suficientes para ter sua própria
independência de reprodução. Para se reproduzir, eles se fixam em uma célula e
usa seu potencial reprodutivo para criar filhos e assim sucessivamente até o
sangue estar infestado com milhões deles.
A caxumba
é uma doença viral e seus sintomas são febre e lesões na pele
ocorrendo apenas em seres humanos.
O Sistema Imunológico
A febre possui uma importante função. Além de avisar
que o organismo está combatendo algum corpo invasor, como um vírus, por
exemplo, ela impede que o vírus se reproduza
com facilidade devido ao aumento da temperatura corporal. Lembre-se bem desse nome: “Pirexia”. É o nome técnico da febre que ocorre
quando a temperatura normal do corpo humano, que é em torno de 36 a 37,4°C,
aumenta. As crianças são mais suscetíveis às febres porque a maioria dos vírus
e bactérias é desconhecida e o organismo ainda não possui prostaglandinas (hormônios que
ajudam na circulação de glóbulos brancos) suficientes.
Um vírus,
quando se aloja numa célula, desperta o sistema imunológico do corpo que irá
defender o organismo com glóbulos brancos e
outros agentes de defesa. Eles liberam uma toxina
na célula infectada que, juntamente com os vírus em seu interior, é
automaticamente destruída. As lesões na pele provocadas pelos vírus como da
caxumba são resultados da batalha entre os glóbulos brancos e os vírus onde o
campo de batalha, a lesão neste caso, é o local onde há vírus e células mortas.
Nosso sistema imunológico vai se enriquecendo aos poucos
conforme combate novas doenças que, apesar de algumas ocorrerem cedo, tem suas
vantagens porque ajuda nosso corpo a se fortalecer. Os anticorpos usados no
combate de certos vírus estarão de prontidão para eliminá-los novamente antes
mesmo que se proliferem. Vale relembrar que antes recebíamos a proteção
imunológica através do leite materno, agora, expostos ao meio ambiente externo,
somos capazes de nos proteger produzindo nossos próprios anticorpos.
As vacinas
dadas logo na infância são propositais para fortalecer nosso sistema
imunológico. A vacina provém de “vaccina”, um vírus que causa a varíola bovina,
mas quando aplicado no ser humano proporciona a resistência à varíola humana.
Além disso, uma vacina pode conter apenas proteínas e toxinas específicas, partes de vírus
ou bactérias (em alguns casos eles inteiros) modificados ou inativos que provocarão um alarme falso estimulando a
produção de agentes de defesa como os glóbulos brancos, as prostaglandinas e as
células
macrófagas.
Adolescência
Aos 11 anos
o corpo sofrerá uma mudança drástica e rápida. A ingenuidade da infância ficará
para trás e entrarão em ação hormônios pela primeira vez modificando
visivelmente o corpo inteiro, além de alterações mentais e sociais. A adolescência
é uma transição entre a fase da vida infantil para a adulta. O
indivíduo humano nessa fase aprende as responsabilidades dos seus atos com
experiências de convívio social. Adquire mais liberdade para conhecer novas
pessoas e locais e se prepara para deixar o ninho dos pais.
Não há um
consenso sobre um ponto inicial ou final para a adolescência. Além disso, há épocas
diferentes entre o início da adolescência fisiológica e sociocultural ficando
assim, a adolescência como um período que pode começar aos 12 anos
e se estender até aos 21 anos. O corpo de cada ser humano amadurece
em épocas diferentes dependendo da sua genética e cada país prevê sua própria maioridade
social que varia, por exemplo, de 16 anos nos EUA e 18 anos no Brasil.
A Puberdade
A puberdade começa no cérebro. Mais exatamente em
uma região denominada hipotálamo que libera a proteína kisspeptina,
a proteína da puberdade e fertilidade sexual. Ela foi descoberta recentemente e
a partir dela alguns hormônios são produzidos pela primeira vez no corpo do
jovem adolescente. A hipófise (ligada
diretamente ao hipotálamo) recebe comandos do hipotálamo para secretar dois
hormônios chamados de Hormônios Folículo-estimulantes e Hormônios Luteinizantes que irão para áreas diferentes do corpo
dependendo do sexo.
Nos meninos,
por volta dos 11 anos de idade, os folículo-estimulantes estimulam a produção
de espermatozoides
e os luteinizantes iniciam a produção de testosterona que dará as
características físicas masculinas. Nas mulheres o processo ocorre mais cedo,
por volta dos 9 anos de idade. Nelas os folículo-estimulantes levam ao
amadurecimento dos “Folículos de Graaf” onde são produzidos os ovócitos.
(Vale lembrar que, tecnicamente, “óvulo” é a definição de um ovócito já
fecundado por espermatozoide). Nesse momento ocorre também a liberação de estrógeno (características
corporais femininas) e a progesterona (maturidade sexual) importante
para a gravidez. O hormônio luteinizante que, no homem liberou a testosterona,
na mulher irá regular a menstruação.
O ovário
não é responsável apenas pela ovulação, ele também produz os hormônios
femininos que alteram o corpo e as emoções também. As transformações no corpo
masculino ocorrem nas cordas vocais deixando a voz mais grossa, aumentam o crescimento dos
pelos, aumentam o número de espermatozoides e músculos. As mudanças
ocorrem no cérebro também e diversas novas conexões são formadas ocasionando
alterações na personalidade da pessoa que experimentará novas emoções. Talvez a maior
emoção experimentada seja a atração pelo sexo oposto, um marco na vida do
adolescente evidenciando sua maturidade sexual.
Amadurecimento
As células
Nessa fase
nós deixamos de aprender para viver a vida. Nosso corpo está completo para ser
usado por toda a vida. Aos 20 anos atingimos a estatura máxima, mas jamais
deixaremos de nos modificar. Na verdade nosso corpo dificilmente será
totalmente velho porque a maioria das células se renova em alguns dias ou anos. Praticamente todo nosso
corpo se renova a cada dois anos, mas há as células permanentes que jamais se modificam como dos músculos estriados
e dos neurônios. As células do cabelo são as que se multiplicam com mais
rapidez. Trilhões de células formam nossos órgãos e tecidos e com o passar dos
tempos elas ficam fracas e morrem.
Já se
suspeitava que o corpo dos animais, incluindo o homem, pudesse ser formado por unidades
básicas, mas foi somente em 1665 que um cientista chamado Robert Hook conseguiu
visualizar e descrevê-las pela primeira vez. Em poucos anos os microscópios
melhoraram e pequenas células em atividade puderam ser vistas e compreendidas
como hemácias
(glóbulos vermelhos do sangue) e bactérias. Algumas células podem ser vistas a
olho nu como a gema
do ovo e as pequenas vesículas do interior da laranja,
aquelas pequenas estruturas que estouram quando chupamos a laranja.
Os Ossos e os Músculos
Não adianta
lamentar os momentos de uso mais intenso do corpo como correr e usar os músculos.
Somos projetados para realizar movimentos
em um ambiente com gravidade e relevos. Assim é para todo organismo vivo
na face da Terra que planeja se desenvolver e reproduzir. Por isso os antigos
naturalistas observavam os movimentos da natureza e logo associaram a vida.
Nós, humanos, temos articulações, membros, músculos e coração para dar conta do recado
num simples ato de subir uma escada ou fugir de um incêndio.
Sempre
procuramos conforto neste mundo, mas os exercícios físicos
devem ser praticados diariamente para manter a saúde equilibrada. Um bom
exercício ajuda nas funções celulares de
todo o corpo. Com o corpo sendo exercitado em uma corrida, por exemplo, o
coração se contrai mais forte para enviar sangue a todo o corpo e o pulmão
também se beneficia, se expande e coloca mais alvéolos para absorver oxigênio.
E por falar em pulmão, sua superfície interna é imensa. Se fosse esticado
cobriria uma quadra de tênis.
Com os
exercícios físicos, os ossos recebem pressão e estimulam a renovação
de suas células. A medula óssea (popular
tutano) é um tecido esponjoso presente no interior dos ossos. Sua importante
função é criar
células sanguíneas (plaquetas, glóbulos brancos e vermelhos) e
ósseas como os osteoblastos
e os osteoclastos
que são células
ramificadas com múltiplos núcleos e ricas em cálcio que conferem a elas a rigidez necessária dos
ossos. Células velhas do sangue são
reaproveitadas para formar novas células sanguíneas na medula óssea dos ossos longos
e a principal substância reaproveitada é o ferro.
Temos normalmente
206 ossos e 650 músculos em
todo o corpo. Tais músculos se hipertrofiam (se tornam maiores) na fase
adulta devido aos hormônios e aos exercícios físicos que, se praticados logo na
adolescência, definiram uma aparência física saudável mais permanente na fase
adulta. Eles, os músculos, representam um terço do
peso total de um adulto, são importantes por permitir os movimentos corporais e, junto com os ossos, proteger os órgãos
internos.
Nossos músculos
agem rápido recebendo impulsos elétricos do cérebro a uma velocidade de 300
km/h. Os movimentos podem ser voluntários ou involuntários como as batidas do
coração, as câimbras, os soluços e os movimentos do sistema digestivo (movimentos
peristálticos). Outro bom exemplo de movimento involuntário é o movimento
rápido da mão em contato com uma superfície quente. O corpo recolhe o braço
involuntariamente. Neste caso o cérebro não é usado. A própria medula espinhal se
encarrega de defender o corpo enviando impulsos elétricos para realizar o
movimento.
Os músculos
são fibras
que se dividem em porções e tamanhos diferentes. Seu aumento se deve ao
estresse provocado pelos exercícios de um trabalho braçal ou academia rompendo
algumas fibras e na restauração automática do organismo acabam recebendo
material extra aumentando seu volume e conferindo mais força. Os estímulos
elétricos saem do sistema nervoso central, percorre os nervos e chegam às células musculares que absorvem cálcio e liberam potássio para exercer a
contração muscular.
O ser humano
possui três tipos de músculos. Os estriados esqueléticos, os estriados
cardíacos e os lisos. As suas células, assim como as outras,
trabalham por combustão,
ou seja, queimam o oxigênio para gerar energia e calor. Seu alimento, além do
oxigênio, é creatina
(os praticantes de academia que digam), fosfato, proteínas, carboidratos e gorduras.
O ácido
lático, que é um subproduto das células musculares que impede a
renovação da energia necessária para a contração do músculo cansado. É aí que
entram os suplementos de academia como a creatina que reduz a formação de ácido
lático.
Degradação do Corpo
Cigarro
Agora que é
adulto, o indivíduo faz suas próprias escolhas e muitas delas agridem seu corpo
através de bebidas alcóolicas, o cigarro, diversos tipos de drogas, falta de
exercícios e até mesmo a alimentação inadequada, seja em grande ou pouca
quantidade. O cigarro é um dos primeiros experimentos de risco para sua saúde.
Embalado pela juventude, onde o corpo jorra saúde e se restaura com facilidade
(comparado com a velhice), muitos jovens não se preocupam, acreditam que tem
controle do seu organismo.
O cigarro
possui mais de 4
mil toxinas entre elas, a mais
famosa, é a nicotina,
que adentra nosso organismo através da respiração. Atravessam os alvéolos
pulmonares onde boa parte dos poluentes são barrados. Mas não adianta mais, a
toxina já está no pulmão causando males. A nicotina, uma das toxinas presentes
no cigarro, entra na corrente sanguínea e atinge o cérebro em menos de 20
segundos o que é um tempo rápido
comparado com outras drogas como cocaína, crack e morfina. Por isso o prazer em
fumar é quase instantâneo levando a dependência rapidamente. Vale lembrar que
qualquer droga inalada age mais rápido do que se fosse ingerida.
Som Alto
E já que
somos donos do nosso corpo logo cedo, mas não temos experiência de vida ainda,
explorar os prazeres da vida pode causar danos sérios ao nosso organismo. O
mais perigoso dos danos é a surdez causada pelo excesso de ruído porque não
apresentam sinais rapidamente. Como já dito antes, a audição só é possível
através de um complexo e frágil sistema auditivo que possui pequenos cílios em seu interior que vibram com as ondas sonoras e
vão se endurecendo com o tempo. Quanto mais expostos ao som alto e contínuo,
mais aceleramos esse dano. Acontece que os jovens querem explorar seus
sentidos, por isso se expõem intensamente em locais com som alto como
discotecas ou com aparelhos portáteis de músicas, mais uma oferta irresistível
da modernidade.
Bebidas Alcoólicas
Criada a mais de 6.000
anos, a bebida alcoólica é a droga mais vendida no mundo por causa
do seu livre comércio e seu público alvo são também os jovens inexperientes.
Além de ser uma bebida para relaxar, infelizmente também é um guia para
tragédias no trânsito
e degradação da saúde se consumida em excesso. Os principais sintomas são:
Relaxamento, falta de coordenação motora, autoconfiança e redução dos reflexos.
O hipocampo e o lobo frontal são as regiões cerebrais que sofrem mais danos com
o álcool e estudos revelaram que o cérebro de adolescentes e jovens adultos é
mais frágil. O consumo logo cedo revelou ser prejudicial na formação da sua
personalidade afetando a memória
e conduta na fase adulta.
O álcool não
elimina apenas o líquido em excesso no
corpo causado pela própria bebida, mas elimina água que já estava no corpo
antes. Por isso o álcool desidrata porque interfere no funcionamento dos neurônios fazendo regiões trabalharem mais rápido, como a
região responsável pelos rins, e outras terem sua atividade reduzida ou até
paralisada. Após a bebedeira, o organismo precisa se restaurar. Além do cérebro
o fígado
é outro órgão muito afetado pelo álcool. Ele é responsável por mais de 500 funções no corpo humano, entre elas está a eliminação das
toxinas acumuladas pelo consumo
de álcool usando para isso água. Se não bebermos água numa ressaca, é o
cérebro, composto por 75% de água que
irá perder um pouco da sua causando dor de cabeça.
Vida Conjugal
Sedução
Um novo
desafio para o indivíduo adulto é escolher um parceiro para viver junto e com
ele se reproduzir. A união conjugal é um fenômeno físico e social,
mas envolve muito da biologia. Os homens são estimulados pelo que veem
e o simples ato de observar a mulher se despir ou andar com roupas justas são
suficientes para ativar o desejo sexual enquanto as mulheres são mais
suscetíveis à audição
e ao tato.
Para a maioria dos homens o sexo é independente do sentimento e atingir o
orgasmo e a autossatisfação é o que importa.
A lei da
maioria dos países exige um homem se case ou viva apenas com um parceiro
sexual, é a chamada monogamia. Ela
é um sistema onde o homem não pode ter mais de uma mulher ao mesmo tempo e vice
versa. Porém isso é quase impossível na sociedade atual onde é comum ver traições
entre os casais. Mesmo que um indivíduo se envolva com outro parceiro após o
fim de um relacionamento, ele é tecnicamente um polígamo em série, ou seja, que
possuiu mais de um parceiro na vida.
O cheiro
característico da atração sexual se chama feromônio (ou feromona) que é liberado pela
pele junto com o suor é dissipado no ar. Nos insetos e mamíferos ele é
comprovadamente utilizado de forma eficaz em diversas finalidades além da
sexual, como demarcar
territórios, alertar sobre perigos
e se
comunicar. Mas no ser humano ainda não existem comprovações
científicas sobre sua existência. É claro que existem odores bons e ruins
liberados na pele, mas um aroma próprio para a atração sexual nos humanos é
palco de muitas controvérsias entre os próprios cientistas.
Hormônios
Algumas
substâncias são produzidas no nosso organismo quando estamos próximos de alguém
que nos interessamos como a adrenalina que acelera nosso coração, ou a dopamina,
responsável pelo bem estar, ambos neurotransmissores. Antigamente, nos tempos da
vida na selva, antes da civilização (evolutivamente falando) a adrenalina
esteve associada com os perigos do meio ambiente, mas ainda hoje a produzimos.
Nos tempos modernos e seguros de hoje a adrenalina se manifesta também de
outras formas como na ansiedade e insegurança para falar com a pessoa que
gostamos. Sua função básica é preparar os músculos do corpo para um movimento
brusco num momento de perigo.
A dopamina,
por outro lado, nos transmite uma sensação de prazer
e pode ser tão viciante quanto à cocaína. Geralmente ela é liberada em
maior quantidade logo após uma alta carga de adrenalina. Por isso não ficamos
aliviados apenas com a adrenalina que voltou aos níveis normais, mas também
pela liberação maior da dopamina para desestressar o corpo tenso. Atua no
cérebro e também no coração. Por isso é comum o uso de medicamentos a base de
dopamina para pessoas com certos problemas de coração.
Casamento e filhos
Após o
namoro é o momento de casar. Apostamos num casamento para a vida inteira. É a
monogamia em cena, pelo menos aqui no Brasil e nesta época. O casamento remonta
a própria consciência humana. Desde os primórdios o homem, assim como outro
animal, procura procriar e ter uma boa parceira para gerar filhos. Não bastou
muito tempo até que, segundo consta nos registros históricos, Roma passasse a
realizar cerimônias com um toque a mais de sentimento e oficialização. Mas
biblicamente também está escrito que um homem deve ter uma mulher para seguir a
vida e procriar.
Biologicamente,
um casamento será duradouro se a química for favorável. E o hormônio que torna
não só o casamento, mas a relação de pais com filhos duradouros é a ocitocina
(também chamada de oxitocina). Esse hormônio é produzido pelo hipotálamo
e secretado pelas glândulas suprarrenais. Até recentemente
acreditava-se que a ocitocina ocorria somente na mulher para ajudar na amamentação
e no parto.
Porém estudos mais recentes descobriram que a ocitocina é liberada
principalmente durante o sexo, desde os preliminares até o relaxamento
após o sexo consumado. No homem o nível ocitocina aumenta cinco vezes na hora do orgasmo e na mulher aumenta mais ainda gerando
orgasmos
múltiplos.
Se existe
uma definição para a origem biológica do amor seu nome é ocitocina, porque além
de inundar o corpo de prazer, em baixas doses ela é responsável por laços afetivos entre um casal e entre pais e filhos. É difícil
imaginar como a raça humana pudesse ter evoluído se não houvesse os hormônios,
principalmente a ocitocina, o “hormônio do amor”, para nos ajudar na união. Sabendo
disso não demorou que criassem medicamentos baseados na ocitocina. Mulheres com
dificuldades no parto e lactação e homens agressivos podem receber tais
medicamentos para ajuda-los, desde que acompanhados por um especialista.
Traição Biológica e Cultural
Apesar de a
cultura humana desenvolver laços matrimoniais e termos um parceiro para
completar as tarefas que envolvam dinheiro, casa, filhos e sentimentos, ainda
há uma polêmica com relação às traições conjugais. Estudos recentes revelaram
que a raça humana apresenta características de animais promíscuos, ou seja, que
competem por
reprodução.
Animais como
chimpanzés e gorilas, que copulam com vários parceiros sem escolher um em
especial para toda a vida, tem esperma com velocidade semelhante ao do homem (0,7 km/h)
enquanto que os animais tipicamente monogâmicos possuem esperma com velocidade
menor (0,1
km/h). Tais diferenças se devem a espécie que disputa ou não pela
reprodução. Talvez seja por isso que
naturalmente o ser humano admira o corpo bem desenvolvido do sexo oposto que é
sinal de uma boa genética para os descendentes.
Parece,
segundo uma visão geral na humanidade, que apesar dos instintos sexuais falarem
alto, um homem e uma mulher perceberam que unir laços, mesmo que temporários,
foi importante para a criação da prole. Um descendente humano requer mais tempo
para se tornar adulto e se tornar independente se comparado com os demais
mamíferos e alcançar a segurança tão cedo seria difícil se fosse cuidado apenas
por um dos pais durante o início de sua vida.
Mas as
traições também são influenciadas pela época e local. Antigamente, por exemplo, a
mulher era exclusivamente do lar e quem traia, geralmente, era o homem. Após a revolução
industrial em diante, as mulheres
entraram no mercado de trabalho. Com um grupo de trabalho mais unissex a
traição aumentou porque, a partir daí, um homem passava mais tempo com colegas
de trabalho que com sua esposa abrindo margens para uma poligamia inevitável.
Gravidez
Apenas uma
célula, o óvulo, será multiplicada várias vezes durante 40 semanas a fim de
gerar um bebê no final do processo. Neste caso o espermatozoide já está no
óvulo, caso contrário a definição seria “ovócito” como já explicado
anteriormente. Durante esse período de 9 meses a mulher passa por
transformações corporais e comportamentais. Logo que o óvulo se fixa no colo
uterino a menstruação
é interrompida, ou seja, a mulher não irá ovular mais nesse período,
salvo alguns casos patológicos.
Há vários
sintomas que somados dão indícios da gravidez, porém isolados são sintomas de
outras condições físicas. O primeiro sinal se dá com o atraso da menstruação.
Simultaneamente a mulher pode ter inchaços, dor nos seios e cólicas parecidas com as
menstruais. Desejos
alimentares, escurecimento dos mamilos e aumento da frequência urinária
são outros sintomas bem comuns. Não há uma explicação adequada para as náuseas,
mas acredita-se que seja uma forma do organismo expelir toxinas nocivas ao feto, principalmente na fase inicial
do embrião, quando é mais frágil. Outra teoria diz que as náuseas são causadas
pelo sistema
imunológico da mãe que tenta
combater um suposto corpo invasor.
O feto se
comporta como um parasita (o que pode explicar as náuseas). Para se proteger, o
feto desenvolve junto ao seu corpo várias formas de proteção sendo a placenta a
principal. A placenta se forma a partir do óvulo que também dá origem ao feto,
por isso a placenta possui vasos sanguíneos com
sangue fetal que não se mistura com o sangue materno. Além disso, a placenta é
por onde o bebê recebe
os alimentos e oxigênio da mãe e
também impede
que moléculas pesadas e prejudiciais contaminem
o feto. A placenta também estimula a produção de diversos hormônios como
progesterona, estrógeno (dilatação das veias) e prolactina.
Os
nutrientes são enviados através de membranas situadas na placenta que funciona
como filtro.
O corpo materno precisa se reorganizar internamente para dar conta de
acomodar o bebê que crescerá bastante, tanto que o ovário será esticado até
1.000 vezes comparado ao seu tamanho original. Numa mulher grávida os órgãos internos são reposicionados e pressionados para ceder
espaço ao útero com o bebê. Além disso, eles precisam trabalhar dobrado para
manter dois corpos ao mesmo tempo. Os músculos e ligamentos das costas são relaxados
para controlar o peso da barriga e a mulher passa a ter outra postura para manter o
equilíbrio. O estômago da mãe sofre uma pressão que altera seu
tamanho. Por isso a mãe passa a se alimentar menos por vez, mas várias vezes ao
dia enquanto que o bebê exige cada vez mais nutrientes.
O nascimento
é declarado após a saída do bebê do corpo da mãe. A data e o horário são
marcados como início do seu nascimento e
assim é na maior parte das culturas ao redor do mundo, sendo que algumas
consideram outro momento. A obstetrícia é a parte da medicina voltada para
o parto sendo que em países como Portugal tal procedimento é realizado por um
ginecologista especializado. O parto é
um período definido entre as primeiras contrações até o estancamento da hemorragia que pode durar de 8 a 15 horas sendo mais rápido no segundo filho. As contrações
são
involuntárias e voluntárias que, somadas, ajudam na hora do parto.
A primeira fase do parto consiste nas contrações e rompimento do saco amniótico.
Na segunda
fase ocorre a expulsão do
bebê pelo canal vaginal onde o
bebê, na maioria das vezes, nasce de cabeça para baixo. A terceira fase consiste na saída da
placenta e membranas com ajuda de
contrações também. A quarta e última fase
de um parto é quando ocorre o estancamento da hemorragia e pode levar uma hora com a ajuda de uma contração
uterina que contrai os vasos
sanguíneos.
Apesar de o
Brasil ser campeão em cesarianas, o parto normal, cujas
fases são as descritas acima, tem grandes vantagens sobre uma cesariana. A dor pós-parto,
por exemplo, é quase
nula. A recuperação e lactação são mais rápidas,
além da mãe participar
ativamente no nascimento. Uma
cesariana só é indicada em casos de risco em um parto normal quando os quadris
da mãe são muito estreitos ou o feto apresenta uma posição que dificulta o
nascimento natural.
Envelhecimento
Começamos a
envelhecer logo que nascemos. Mas é em torno dos 30 aos 40 anos que as primeiras evidências do envelhecimento
começam a apontar no corpo. A pele começa a apresentar as primeiras rugas
que são aceleradas se a pele for exposta muito tempo ao sol. Além disso, o corpo sofre
durante décadas a ação da gravidade. A pele fabrica cerca de 40.000 novas
células todos os dias para repor
a pele mais superficial que vai morrendo com as agressões do sol e do atrito.
Mas chega uma fase da vida em que a pele demora mais para se renovar. Aos 48
anos de idade, uma pessoa já descartou cerca de 180 quilos de células mortas da pele, a qual se renova
constantemente. Calcula-se que a célula mais velha da pele não tenha mais que um mês de idade.
O colágeno é
uma proteína de tripla-hélice fabricada pelas células para manter as células unidas e sua carência é uma das principais causas do
envelhecimento do corpo. O colágeno é importante para a consistência de órgãos, ossos, tendões e
pele (a pele também é considerada um órgão). A pele possui um tecido
conjuntivo em sua camada mais profunda, a hipoderme, onde o colágeno atua. Os
raios ultravioletas do sol causam danos ao colágeno causando a fragilização das
fibras que causam a flacidez da pele. A partir dos 30 anos a produção de
colágeno pelo organismo passa a diminuir cerca de 1% ao ano. Assim aos 50 anos
de idade a produção se resume a 35% apenas, por isso é recomendável sua
reposição através de fármacos.
A visão é outro órgão do corpo afetado pelo
envelhecimento. O cristalino do olho possui células que não se renovam
com o tempo assim como o coração e algumas células cerebrais. Elas permanecem
as mesmas do nascimento à morte. Com a idade o cristalino se torna mais rígido
e com mais dificuldade para focalizar. Fica difícil se adaptar às variações de
claro e escuro. E para piorar os olhos ficam mais secos. As lágrimas que serviam para lubrifica-los
ficam mais escassas. Estudos mais recentes tem demonstrado que os olhos são
importantes para regular os órgãos internos do
corpo como o coração. Os olhos que absorvem menos luz desregulam o organismo
causando insônia ou sonolência em momentos inoportunos.
Além do
colágeno, os hormônios, tão generosos e equilibrados na juventude, sofrem uma
queda. O estrógeno
e testosterona
que dão as belas formas corporais e também o hormônio do crescimento estão entre os hormônios reduzidos durante o envelhecimento. Por isso começamos a definhar perdendo 3 quilos
de músculos por década. Mais leves, nós tendemos a comer menos porque gastamos
pouca energia. Se insistirmos em comer, o excedente é armazenado na forma de gordura.
Por isso é
comum encontrar idosos gordos e sem músculos aparentes. Engordar é uma das principais evidências visuais durante
a terceira idade. As mulheres engordam mais nos quadris devido à
ação do estrogênio, mas com a queda desse hormônio também podem engordar na
barriga. O homem, por sua vez engorda mais na região visceral, ou seja, na
barriga, onde a testosterona atua mais na segunda metade da vida. A reposição
hormonal nessa fase da vida ajuda
a revitalizar o corpo.
A capacidade
de o corpo metabolizar
gorduras diminui conforme a idade
avança. As mitocôndrias
são estruturas celulares que controlam esse metabolismo. As mitocôndrias funcionam como centrais
energéticas que convertem
oxigênio e nutrientes dos alimentos em energia para o corpo. Há uma
quantidade delas em cada célula, sua quantidade e eficiência diminuem deixando
acumular a gordura que deveria ser queimada. Por isso é necessário
acompanhamento nutricional já que uma pessoa pode comer além do que o corpo
pode usar.
A
mitocôndria utiliza as moléculas dos alimentos e com elas cria uma molécula
especial chamada ATP que contém 90% da energia que
a célula irá precisar para realizar seu trabalho como produzir proteínas, se
movimentar, excretar os resíduos celulares e até trocar íons com células
próximas. Uma célula sadia possui centenas de mitocôndrias espalhadas pelo
citoplasma. Sua redução provoca diversos danos ao corpo comuns do
envelhecimento e a primeira parte do corpo que sofre com a falta de energia é o
sistema
nervoso central seguido pelo
coração, músculos e rins.
Os radicais livres antigamente eram apenas uma ideia. Não eram
comprovados, mas já havia certa preocupação da presença de toxinas orgânicas que prejudicassem as células do corpo. Porém, com
o passar do tempo, descobriu-se que tais agentes existiam de fato e eram
produzidos naturalmente pelas próprias mitocôndrias que ao utilizarem o
oxigênio que respiramos acaba liberando dele os radicais livres que causam
danos à estrutura mitocondrial e, consequentemente, tornando a produção de
energia ineficiente para todo o corpo. Através dessa descoberta verificou-se
que o oxigênio
que tanto nos é essencial é também tóxico ao longo da vida celular. Uma
alimentação balanceada ajuda a célula a combater tais radicais livres.
As gorduras
que aumentam proporcionalmente à idade se alojam em várias partes do corpo,
principalmente no abdômen em homens e mulheres. Tais gorduras
gostam de locais vazios para se instalarem como os vãos entre os órgãos internos,
principalmente sobre os intestinos. Mas o risco maior está no acúmulo
de gorduras no interior de artérias importantes e próximas ao coração
diminuindo o diâmetro por onde o sangue circula. Para o coração conseguir
irrigar todo o corpo ele precisa bombear com mais força para romper a
resistência que a gordura oferece nas artérias.
Em casos
graves a gordura sela totalmente a passagem
do sangue e o músculo do coração que precisa do oxigênio entra em espasmo.
Temos então um ataque
cardíaco, o principal causador de mortes naturais no Brasil.
Mais uma vez a alimentação adequada e exercícios são os melhores fatores para
evitar o acúmulo de gorduras e, caso já houver o acúmulo, o melhor tratamento.
Vale lembrar que a gordura não se mistura com o sangue. Por isso, se não houver
uma fluidez correta no sangue, há a formação das placas nas paredes internas
das artérias. As placas nada mais são do que “células obesas”.
A gordura,
na verdade, é o tão popular colesterol ou mais tecnicamente, um lipídio.
O corpo produz colesterol, mas ingerimos também em alimentos como leite,
carne,
ovos
e frituras
em óleos. No organismo existem dois tipos de colesterol. O colesterol ruim
denominado como
LDL que causa entupimento
das artérias e o colesterol bom chamado de HDL que não se acumula e flui mais
naturalmente pelo sangue exercendo corretamente função que é de manter a
consistência das membranas celulares.
Aos 50 anos
de idade estamos cercados de tarefas, mesmo com o corpo exigindo descanso.
Infelizmente, a mesma medicina que nos dá mais tempo de vida curando diversos
males, também abre portas para males ainda não compreendidos pela medicina. O
corpo humano está sempre recebendo upgrades médicos para
dar conta do recado da vida estendida além do que já foi um dia. Antigamente
vivíamos menos. Hoje vivemos o dobro comparado com séculos atrás. O metabolismo fica mais lento e um idoso que quer
seguir uma vida ativa fica frequentemente estressado com mãos geladas e rosto pálido.
Os hormônios
envolvidos na velhice podem ser prejudiciais à saúde nessa fase da vida. O cortisol deixa
o temperamento
pessoal mais difícil de lidar e a
adrenalina
faz a pressão
sanguínea subir com a aceleração do coração. Nossos antepassados
precisavam desses mecanismos para sobreviver em meio aos predadores num momento
que exigia agilidade para uma fuga ou defesa. Mas hoje tais hormônios ainda
estão presentes e se intensificam em situação diferentes como contas,
trânsito
congestionado ou o filho que anda
em más companhias. É o
chamado estresse
que causa danos ao organismo.
O estresse
foi emprestado da física (desgaste de materiais) e usado pela primeira vez em 1936
para definir o desgaste
físico e mental de um indivíduo
frente às adversidades do meio em que vive. Os efeitos mais prejudiciais são os
danos
cardiovasculares e hormonais comuns
conforme ocorre o envelhecimento do corpo. Os vasos sanguíneos se desgastam
mais rapidamente. As células que revestem a camada interna das artérias se
tornam mais rígidas após sofrer muitas pressões e a aorta é a artéria mais
agredida. É um ciclo onde a agressão causada pelo estresse causa mais estresse.
Na verdade o
coração
é um dos músculos do corpo humano que se hipertrofia, ou seja, que aumenta seu volume
para enviar sangue por entre as artérias que perderam a flexibilidade. Acidente
Vascular Cerebral (AVC) é quando um vaso ou artéria no cérebro da
pessoa se rompe devido a sua fragilidade em suportar a pressão sanguínea, é o chamado derrame
cerebral. O estilo de vida que
a pessoa levou até a fase mais avançada da vida determina como será a saúde,
mas também há fatores
genéticos e até mesmo cerca de 5%
das crianças já tem hipertensão arterial devido à alimentação.
A menopausa
é popularmente vista como o período em que a mulher não menstrua mais. Mas
tecnicamente a menopausa
é o nome dado a ultima menstruação. O climatério é o termo mais
correto que define um período, que pode levar anos, quando a mulher vai perdendo a
capacidade reprodutiva e o
período pós-menopausa é o período seguinte ao climatério. O corpo
feminino sofre com essas transformações, seus ovários param de produzir óvulos
e os níveis
de estrógeno e progesterona decaem. É o fim da idade reprodutiva.
A falta de
hormônios femininos altera o comportamento da mulher que perde o sono, seu humor e
disposição ficam comprometidos. O hipotálamo que regula a temperatura corporal
(uma de suas funções) também é afetado pelo
período improdutivo da mulher que sente ondas de calor, arrepios e até mesmo frio.
Os ossos e músculos também precisam dos hormônios e com a carência eles ficam
frágeis. Para compensar a falta dos hormônios estrogênio e progesterona devido ao climatério e pós-menopausa alguns
tratamentos são indicados dependendo dos sintomas que podem variar de mulher
para mulher.
A falta de
estrogênio no corpo feminino
provoca alterações
na distribuição das gorduras localizadas, aumenta o risco cardiovascular, dores
nas juntas, osteoporose, dores musculares, tonturas, secura vaginal, ondas de
calor entre outros sintomas. A
mulher fica assustada quando chega nessa fase e geralmente fica deprimida e
isso piora ainda mais o quadro. A reposição hormonal é indicada e ajuda
bastante, mas o ideal é complementar o tratamento mantendo um bom estilo de
vida praticando exercícios e a alimentação deve ser saudável.
O nascimento
de um neto é indício biológico suficiente para indicar que não somos mais necessários para a
perpetuação da espécie. Nossos descendentes seguirão suas vidas
dando continuidade aos genes da família, estejamos ou não por perto. Aos 70 anos já somos avós ou até bisavós.
Nossos movimentos se tornam mais lentos e as características físicas do envelhecimento
são indisfarçáveis. Ao contrário da infância, agora nossos sentidos estão
fracos e danificados.
Entre os
sinais do envelhecimento podemos destacar a perda de memória, surdez, cegueira,
lentidão dos reflexos, insônia e até depressão. Os cílios do ouvido,
responsáveis pela captação do som vão se deteriorando ao longo da vida.
Primeiro os sons agudos deixam de ser captados e depois os sons mais graves. Os ossículos que intermediam as ondas sonoras
do tímpano para dentro do ouvido endurecem. Fica difícil ouvir o que os outros
falam.
O cristalino do
olho se enrijece e se torna amarelado. As pupilas se estreitam. Estudos
mais recentes indicam que a intensidade da luz que adentra os olhos e são
captados pela retina, tem um papel importante no ritmo cardíaco do ser humano (além
de outras funções). As pesquisas atuais sugerem que a luz do início do dia
incita o cérebro a produzir cortisol que estimula o coração dando início a
mais um dia de atividades e que a queda na incidência da luz, seja devido ao
anoitecer ou uma deficiência visual estimula o cérebro a produzir um hormônio
denominado melatonina
que relaxa o corpo.
Com a idade
avançada e os olhos comprometidos o corpo fica com alguns hormônios desregulados, dentre
eles os que controlam
o ritmo cardíaco. Vale lembrar que mesmo pessoas jovens com
incapacidades visuais podem ter os hormônios desregulados. Os olhos não
reconhecem apenas a intensidade da luz, mas também o comprimento da onda, como a luz
azul. Mas essas afirmações ainda requerem estudos mais profundos porque se
trata de um estudo recente.
Apesar de o
corpo continuar produzindo células novas, alguns órgãos do corpo não dão conta
mais para repor as células perdidas. Os osteoblastos, que são as células dos ossos,
são produzidos em menor quantidade. Os ossos vão perdendo densidade, ou seja, vão
ficando porosos e isso os torna frágeis causando a popular osteoporose entre os idosos que
sofrem fraturas com simples impactos do dia a dia. O cuidado com os idosos deve
ser dobrado, sua casa deve ser adaptada para evitar acidentes e sempre haver ao
lado deles acompanhante. As alterações hormonais da menopausa aceleram a osteoporose
nas mulheres que são as
principais vítimas da fragilidade óssea.
Entre os 40 a 60 anos o corpo muda de forma mais acentuada. Isso se deve ao
organismo que não possui mais a mesma capacidade de repor células que morrem. O
corpo produz bilhões
de células novas todos os dias através
da divisão celular conhecida como mitose, quando a célula gera uma cópia idêntica
(ou quase) a ela, com os mesmos genes. É aí que mora o perigo. A divisão celular não é perfeita e a cópia pode conter pequenas falhas
genéticas que são transmitidas
cada vez que ocorre a mitose. À medida
que ocorrem as divisões as falhas vão se acumulando e causando inúmeros
problemas biológicos em idosos.
Para
compreender melhor, a divisão celular é
como a cópia de uma foto feita em uma copiadora. Cada vez que a cópia é copiada, sua nitidez
vai se perdendo e causando falhas
na imagem até que não seja possível mais definir o que a imagem mostra. Aos 70 anos
nosso rosto já está em sua 35ª cópia. É por isso que parecemos tão
diferentes quando estamos mais velhos.
Nosso corpo
não é perfeito. As células não são perfeitas, porque se fossem, viveríamos para
sempre. Além das células serem suscetíveis às falhas genéticas desde o
nascimento, as mitocôndrias
usam o oxigênio para produzir energia para o corpo e infelizmente, liberam
poluentes no sangue chamados radicais livres. Mas não são os poluentes
atmosféricos. Mesmo com oxigênio puro, as mitocôndrias descartam íons
que são prejudiciais
às próprias mitocôndrias que passam a produzir menos energia. Essa carência de
energia impede a divisão celular ou a correção das falhas genéticas e com isso
os órgãos podem adoecer.
A morte está
incubada em nosso DNA que, além
de ajudar no desenvolvimento do nosso corpo ao longo dos anos, também limita nossa
vida. A cada divisão, uma pequena porção do DNA se perde e após
inúmeras divisões o DNA não possui capacidade de se dividir novamente em novas
células.
O processo
de morte é lento.
A medicina tenta prolongar a vida. A expectativa de vida aumentou e hoje
temos mais idosos do que em outra época da humanidade. Mas a morte ainda é
certa devido aos danos causados nas células. Os órgãos vão perdendo sua eficiência.
Nas últimas batidas do coração o corpo libera hormônios para amenizar as dores,
como a endorfina,
um anestésico
natural produzido pela hipófise
(região cerebral responsável por vários outros tipos de hormônios).
O coração
envia sangue com oxigênio para todo o corpo. Quando o coração para, os órgãos também
param de
funcionar devido à falta de oxigênio. Em 10 segundos a atividade
cerebral para. Porém há controvérsias e alguns especialistas defendem que a morte cerebral
pode levar até 6 minutos. Em 4 minutos o cérebro é lesado
irreversivelmente pela falta de oxigênio. A audição é o último sentido a nos
abandonar. A pele
ainda se divide por 24 horas após
a parada cardíaca. Apesar de a morte
cerebral ter uma definição que pode levar minutos, o último neurônio pode levar 36 horas
até cessar sua atividade.
Devido aos
avanços médicos, quem nasce hoje tem expectativa de viver mais de 80 anos. Alguns estudos apontam que metade das crianças de países desenvolvidos viverá até aos 100
anos. Tudo isso se deve aos avanços médicos, a educação alimentar e às atividades de risco reduzidas. As doenças
crônicas tendem a aumentar,
mas as pesquisas mostram que desde 1840 a expectativa de vida do ser humano
vem aumentando
e não mostra sinais de desaceleração, por isso podemos supor que viveremos em
média 100 anos futuramente. Além disso, cerca de 40% dos
idosos acima dos 92 anos possuem independência para
pelo menos tomar banhos, caminhar e se alimentar. A tendência é que a qualidade
de vida melhore nas próximas décadas assim como vem se mostrando nas últimas
décadas.
Fim
Bibliografia:
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- http://pt.wikipedia.org/wiki/Espermatoz%C3%B3ide
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- http://pt.wikipedia.org/wiki/Acrossoma
Os
espermatozoides são inteligentes e sabem contar - http://hypescience.com/os-espermatozoides-sao-inteligentes-e-sabem-contar/
Trompas
de Falópio - http://pt.wikipedia.org/wiki/Trompas_de_fal%C3%B3pio
Gêmeos
Semi-idênticos - http://gaiabiologia.blogspot.com.br/2008/07/gmeos-semi-idnticos-fecundao-por-dois.html
Dois
espermatozoides podem fecundar o mesmo óvulo - http://clinicarenascer.psc.br/renascer/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=18
Fertilização
in Vitro - http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertiliza%C3%A7%C3%A3o_in_vitro
Intestino
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino
Olfato
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Olfato
Voz
Humana - http://pt.wikipedia.org/wiki/Voz_humana
Área
de Broca - http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rea_de_Broca
Estimulando
o paladar da criança - http://guiadobebe.uol.com.br/estimulando-o-paladar/
Paladar
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Paladar
Genética
e alimentação da gravidez - http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI259731-10570,00.html
Infância
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Cérebro
Humano - http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro_humano
Neurotransmissores
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissores
Como
o Cérebro Aprende - http://lumiar-psicopedagogia.blogspot.com.br/2012/03/como-o-cerebro-aprende.html
Como se Forma a Casca da Ferida?
Revista Mundo Estranho – Edição 138 – Maio de 2013 – Páginas 52 e 53
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- http://pt.wikipedia.org/wiki/Prostaglandina
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Alcoólicas - http://pt.wikipedia.org/wiki/Bebida_alco%C3%B3lica
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de Monogamia - http://www.significados.com.br/monogamia/
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em Série - http://pt.wikipedia.org/wiki/Monogamia_em_s%C3%A9rie
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sobre menopausa - http://www.minhavida.com.br/saude/temas/menopausa#.UdIqPpxdBPg
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e Meiose – http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/mitose-e-meiose-os-dois-processos-de-divisao-celular.htm
Endorfina
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Endorfina
Morte
Cerebral - http://www.brasilescola.com/curiosidades/morte-cerebral.htm
Metade
das Crianças de Hoje Chegará aos 100 Anos de Idade - http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=metade-criancas-nascem-hoje-chegara-100-anos-idade&id=4589
2 comentários:
Muito obrigada me ajudou bastante
Legal que só esse site ameeeeeeeeeeeeeeeei
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